O prefeito de Cabo Frio, Serginho Azevedo, se pronunciou hoje (22) sobre a interdição do navio-plataforma FPSO Peregrino e o impacto nas contas públicas do município. O tema já havia sido adiantado pela Folha dos Lagos na última quarta-feira (20), quando a reportagem mostrou que a paralisação do campo (responsável por parcela relevante dos royalties repassados a Cabo Frio) tende a pressionar a arrecadação a partir de outubro.
– O assunto é sério e exige medidas muito duras. Pra você ter uma noção, o município de Cabo Frio, na Região dos Lagos, é o que mais se beneficia do royalty do petróleo desse campo Peregrino. Essa paralisação deve durar aproximadamente dois meses, mas isso vai impactar uma queda grande da nossa arrecadação nos meses de outubro, novembro e dezembro - informou Serginho.
Por cona disso, o prefeito anunciou uma série de medidas emergenciais:
– Nós vamos contingenciar 20% de todos os contratos do município. Estamos suspendendo e cancelando todos os shows e eventos que são arcados com recursos municipais. Estamos diminuindo o número de secretarias e de cargos em comissão. Deus quis que eu estivesse à frente da administração nesse momento. Assim como peguei uma cidade praticamente falida no início do ano, e colocamos no rumo, nós vamos colocar Cabo Frio no rumo de novo. Não vamos deixar ela cair no fundo do poço como aconteceu anteriormente, mas para isso eu preciso ter a responsabilidade de tomar as medidas certas - anunciou Serginho.
O chefe do executivo cabo-friense afirmou ainda que os serviços essenciais não serão prejudicados, assim como o pagamento a fornecedores. E que, embora esteja cancelando evento, o Réveillon está garantido, viabilizado por cotas de patrocínio. Para Serginho, a crise é temporária e há “expectativa de que, em janeiro, a arrecadação volte à regularidade”.