O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio realizou nesta quinta-feira (30), uma reunião com o prefeito de Cabo Frio, José Bonifácio, para tratar de questões importantes sobre a administração pública municipal, especialmente a regularização da gestão de pessoal e a conclusão do concurso público em andamento. Foi ressaltado, ainda, que o município continua a manter despesas com pessoal acima do limite estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal e quantidade excessiva de contratos temporários.
“Reafirmamos a importância e a necessidade de se formalizar um cronograma claro e objetivo para homologação, convocação, nomeação e posse dos candidatos aprovados de forma gradual e organizada, em razão do grande número de servidores que serão admitidos, a fim de preservar a continuidade do serviço público e o equilíbrio fiscal”, ressaltou o promotor de Justiça André Navega.
Nos próximos dias, o MPRJ encaminhará ao prefeito proposta de cronograma fixando prazos para a homologação do concurso no mês de julho e a convocação gradativa dos classificados nos meses de agosto a novembro, com tempo hábil para as providências administrativas necessárias. A realização do concurso foi acordada em ação civil pública que se encontra em fase de cumprimento de sentença. A sua conclusão não apenas atende ao interesse público, como dá imprescindível cumprimento à decisão judicial transitada em julgado.
Em falas públicas, o prefeito tem condicionado a homologação do concurso à aprovação do projeto de alteração do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). Segundo Bonifácio, caso o novo PCCR não seja aprovado, o município terá dificuldades financeiras para honrar o pagamento de salários. Por sua vez, os sindicatos de servidores acusam o prefeito de querer tirar direitos de todo o funcionalismo. Já o governo rebate dizendo que as mudanças incidirão apenas sobre os novos servidores aprovados no último concurso.

 MP alega que gastos da Prefeitura com pessoal está com percentual acima do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal  - Crédito: Arquivo Folha
MP alega que gastos da Prefeitura com pessoal está com percentual acima do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal  - Crédito: Arquivo Folha


