Na próxima quinta-feira (13) Cabo Frio completa 410 anos de fundação. Para comemorar a data, a Câmara Municipal de Vereadores vai promover sessão solene na terça-feira (11) com entrega de medalhas e dos tradicionais títulos de cidadania cabo-friense. Entre os nomes indicados para se tornar cidadão local está o do governador Cláudio Castro, acusado de abuso de poder político e econômico e conduta vedada nas Eleições Gerais de 2022.
A homenagem ao governador do Rio de Janeiro é de autoria do presidente da Câmara de Vereadores de Cabo Frio, Vagne Simão, o Vaguinho. No texto de justificativa para proposição da honraria, o chefe do Legislativo municipal resumiu a história política de Castro, e informou que a titulação é merecida “por todos os seus feitos como Governador do Estado pela cidade de Cabo Frio”.
Nesta terça-feira (4) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a julgar os recursos que pedem a cassação do mandato do governador reeleito. Junto com outras pessoas, Castro é acusado de cometer diversas irregularidades na Ceperj (uma fundação estadual que atua em estratégias de políticas públicas) e na Uerj com fins eleitoreiros, incluindo a nomeação de funcionários fantasmas nas duas instituições
O vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, chegou a apresentar o parecer do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) favorável à cassação dos mandatos de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar (presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro / Alerj), bem como à inelegibilidade deles e de outros envolvidos no suposto esquema de fraude eleitoral em razão da comprovação de participação nos ilícitos. De acordo com o parecer, os mandatos foram obtidos de forma ilegítima, por meio de abuso de poder político e econômico, o que violou a legitimidade do pleito.
Relatora do caso, durante sessão no TSE a ministra Isabel Gallotti votou pela cassação e inelegibilidade de Cláudio Castro, bem como pela realização de novas eleições para o governo do estado. Mas os trabalhos foram interrompidos por pedido de vista apresentado pelo ministro Antonio Carlos Ferreira. A votação deve ser retomada em até duas semanas, embora o prazo legal seja de até 90 dias.





