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Fonte do Itajuru ganha nova vida após restauração

Local poderá receber eventos para se consolidar como ponto turístico

10 julho 2018 - 09h38
Fonte do Itajuru ganha nova vida após restauração

Após um longo período de abandono por parte do poder público, o Parque Municipal da Fonte do Itajuru foi reinaugurado e já pode receber as visitas de cabofrienses e turistas. Responsável por tocar a revitalização do local, Evangelus Pagalidis projeta o futuro do equipamento cultural e espera que o parque, que é carregado de história, deveria receber mais eventos culturais e visitações agendadas, se tornando de vez um ponto turístico de Cabo Frio.

Apesar de não haver documentação histórica datada do século XVI, era provavelmente aquele manancial, hoje conhecido como Fonte do Itajuru, que fornecia a água potável para as fortalezas e embarcações européias que traficavam pau-brasil na região durante aquele período. Posteriormente, foi graças às águas de cor cobre que jorram dele que Cabo Frio pôde ser colonizada, com o abastecimento de seu primeiro núcleo urbano, no bairro da Passagem.

A guarita veio depois, em 1847, assim como o parque que o circunda, em 1979. Porém, antes da última revitalização, terminada no fim do mês passado, o Parque Municipal da Fonte do Itajuru estava abandonado pelo poder público após um acidente que havia destruído as grades do local. O resultado, segundo Evangelus Pagalidis, responsável pela revitalização, foi a entrada de usuários de drogas. Assim que a revitalização se iniciou, uma parceria com a Comsercaf foi firmada devido à falta de recursos da secretaria de Cultura, e a limpeza começou a ser feita, inclusive com a poda das árvores, que já não deixavam a luz do sol entrar e atrapalhavam a visão plena do parque. A reposição da grade também foi providenciada com a ajuda de cabofrienses benfeitores. “Isso já foi um avanço, porque inicialmente não poderíamos deixar ninguém invadir o parque e depredá-lo”, disse Evangelus. A última a receber os retoques da equipe foi a guarita da fonte. 

– Por fim demos uma atenção especial para a guarita da fonte, que teve seus portões recuperados e foi totalmente lavada apenas com água e voltou a ganhar a cor ocre colonial que tinha anteriormente. Além disso, limpamos o teto onde já nasciam diversas espécies arbóreas que ameaçavam encobri-lo – explicou.

No último dia 30 de junho, foi realizada a reinauguração do parque. O evento contou com uma feira de artesanato e com a realização de manifestações culturais. Segundo Evangelus, eventos deste tipo deveriam ser o futuro do parque a partir de agora.

– A reinauguração foi um evento muito bem organizado e em proporções que se adequaram ao espaço. E isso é uma grande sacada, porque podemos ter eventos culturais aqui, porém sem causar impactos à estrutura do parque. Eu aposto nisso. Mas creio que devam ser atrações pontuais, uma vez ao mês, com limitação de pessoas, com organização, ao mesmo tempo que criam demanda, geram emprego e fortalecem o segmento – disse ele, que completou.

– E vejo também como fundamental a visitação agendada das escolas, até porque há uma riqueza histórica muito grande aqui para ser passada aos alunos – finalizou. Além da visitação do público e da realização de eventos, Evangelus vê uma necessidade de uma contínua revitalização o local para que o parque possa, de fato, se tornar um ponto turístico de Cabo Frio.

– Seria interessante termos um quiosque de serviços aqui para atender os visitantes, com informações sobre o local, livro de assinaturas, para poder ter uma administração e se tornar de fato um ponto turístico da cidade. São coisas que precisamos adaptar para oferecer uma maior comodidade aos turistas e cabofrienses que visitam o parque – disse.