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CTA Meio Ambiente realiza campanha sobre encalhe de pinguins

Instituição explica o procedimento correto para a população caso se depare com o fenômeno

29 agosto 2018 - 10h52



O CTA Meio Ambiente, instituição ambiental que atua no resgate de animais marinhos no litoral do Rio de Janeiro, incluindo a área da Região dos Lagos, está realizando uma campanha de conscientização sobre o encalhe de pinguins na costa, que nessa época do ano é bastante comum. Segundo a campanha, além do rápido contato com agentes da instituição, alguns cuidados ao verificar a presença dos animais são fundamentais para que eles possam sobreviver ao incidente e voltar ao mar aberto com vida.

Segundo o coordenador de projeto sênior do CTA Wilson Luíz Chevitarese Meirelles, o fenômeno é comum no inverno e acontece devido a migração desordenada de animais juvenis, principalmente da espécie pinguim de Magalhães (Spheniscus magellanicus), que se desgarram de suas colônias e percorrem longas distâncias até a nossa costa em busca de alimento.

O pinguim de Magalhães são aves de águas temperadas e habitam as costas da Argentina, Chile e Ilhas Maldivas, migrando por vezes para a nossa costa. É durante essa migração que alguns animais se perdem e acabam encalhando no nosso litoral. Wilson explica o motivo pelo qual alguns animais acabam findando em nossa costa.

– Eles encalham debilitados em decorrência da ingestão de resíduos sólidos, acometimento por parasitoses gastrointestinais ou com quadros de deficiência alimentar extrema. Até o momento foram registrados na Região dos Lagos um total de 158 pinguins encalhados dentre vivos e mortos – disse o especialista.

A campanha do CTA Meio Ambiente visa conscientizar a população para que, caso aviste um animal nesta situação, possa lidar com a situação da melhor forma possível.

– É necessário primeiramente acionar as equipes de monitoramento de praias do CTA através dos telefones 0800-0262828 ou 0800-0095444. Enquanto as equipes não chegam, é primordial deixar o animal seco e aquecido em uma caixa de papelão, em um local reservado. É importante citar que não se pode colocar o animal no gelo, assim como não se deve alimentá-lo e também não deixá-lo estressado – explicou.

Após o resgate dos animais, os agentes do CTA os encaminham para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Araruama, onde durante o tratamento eles recebem o suporte nutricional completo, assim como medicamentoso também, dependendo se for necessário. Segundo o especialista, essa etapa pode durar entre três a seis meses, e só então os animais podem ser devolvidos ao mar aberto, depois que estão com a saúde perfeita.

*Foto: Divulgação CTA Meio Ambiente