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Audiência pública sobre parque aquático em Cabo Frio segue sem data

Segundo presidente da Câmara, debate aconteceria ainda neste primeiro semestre

18 junho 2024 - 10h23Por Redação

Em conversa com a Folha no último mês de abril, o presidente da Câmara, Miguel Alencar, havia afirmado que os detalhes finais para a audiência já estavam sendo alinhados com os membros da Comissão de Meio Ambiente do legislativo, e garantiu que o debate seria realizado ainda neste primeiro semestre, que termina no próximo dia 30. Mas agora, após ser questionado pela Folha, ele informou apenas que “assim que tivermos com tudo certinho, vamos enviar o convite para vocês”.

De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, o resort do Nova Cabo Frio Water Park será composto por três vilas hoteleiras com um total de 536 unidades habitacionais, cada uma com capacidade para até 4 pessoas, totalizando mais de dois mil hóspedes/dia em lotação máxima. Já o complexo aquático terá capacidade para até 15 mil turistas/dia. O projeto prevê a construção de receptivo, vestiários, lojas, hamburgueria, pizzaria, restaurante, banheiros, quiosques e bar molhado, além de piscinas (com onda, sem onda e thermal com borda infinita), toboáguas, quadras de beach tennis, rio lento e outras atrações. O custo total do projeto é de cerca de R$ 500 milhões. Parte deste projeto já obteve, inclusive, aprovação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

À Folha, um dos sócios do empreendimento, Fernando Gomes Fonseca, garantiu que todos os projetos relativos à construção do Nova Cabo Frio Water Park levam em conta a preservação ambiental e respeitam as leis ambientais. Mesmo assim, desde que o projeto do parque virou notícia na Folha, ao longo dos últimos meses, vários ambientalistas têm se manifestado contra a construção.

Os conselhos do Parque Estadual da Costa do Sol (PECS) e da Apa do Pau Brasil (APABR) são alguns dos órgãos que não enxergam o parque aquático com bons olhos. O conselho do PECS, por exemplo, chegou a marcar uma reunião (realizada no último dia 29) para discutir diversos assuntos ligados à construção, entre eles o fato do licenciamento do projeto não ter sido apresentado nem debatido no conselho. Durante a reunião, os conselheiros chegaram a solicitar a liberação de documentos sobre o empreendimento.

Moradores e empresários do Peró, no entanto, se manifestaram favoráveis ao projeto, mesmo com ressalvas.

– Precisamos da aprovação dos Conselhos do PECS e APABR, e maiores informações sobre a localização porque parte do terreno é uma área de amortecimento. Por isso queremos também participar da audiência pública que será promovida pela Câmara Municipal. Além disso, o grupo Amigos do Peró vai convidar o Fernando, sócio da São José Desenvolvimento Imobiliário (SP), para uma reunião onde possamos discutir o assunto - contou José Machado da Silva.