O projeto “Memórias da minha pele” terá primeira exibição pública no Museu de Arte Religiosa e Tradicional (MART), em Cabo Frio, no dia 13 de maio, às 18h, data simbólica de resistência e memória para o povo negro.
A sessão será intermediada pela própria criadora, Yasmim Rohem, que conduzirá a roda de conversa com o público presente.
A iniciativa audiovisual e educativa propõe uma profunda reflexão sobre identidade, memória e pertencimento dos povos negros e indígenas no território local. Idealizado por Yasmim Rohem Dias São Pedro, o projeto foi contemplado pelo edital municipal da Lei Paulo Gustavo.
Composto por um vídeo conceitual de 6 minutos e uma roda de conversa, o projeto convida o público a repensar as narrativas oficiais da cidade, a partir da valorização das contribuições históricas e culturais das populações afro-brasileira e indígena.
O audiovisual percorre lugares simbólicos de Cabo Frio — como o Largo de São Benedito, o Canal do Itajuru, a Passagem e a Praia do Forte —, ressignificando esses espaços por meio de uma linguagem poética que entrelaça imagem, som e ancestralidade.
— “Memórias da Minha Pele” provoca questões urgentes: O que a pele da cidade nos conta? De quem herdamos esse território? Onde está a presença negra e indígena na nossa memória coletiva? — destaca Yasmim.
O objetivo é estimular o pensamento crítico sobre racismo, invisibilidade histórica, identidade e patrimônio cultural, fortalecendo o sentimento de pertencimento entre crianças, adolescentes e toda a comunidade.
— “Memórias da Minha Pele” é mais que um projeto cultural: é uma ação afirmativa, educativa e transformadora, que convida a cidade a lembrar, reconhecer e honrar as histórias que vivem em sua pele — diz a produtora.