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SEM PREVISÃO

Prefeitura atrasa salário de contratados da Saúde

Enquanto busca intensivistas por até R$ 17 mil, Cabo Frio descumpre calendário de pagamento

19 junho 2020 - 15h13Por Redação

Prefeitura de Cabo Frio anunciou nesta quinta-feira (18), oficialmente, que está à procura de médicos intensivistas capazes de botar para funcionar de imediato os leitos de UTI momentaneamente ociosos no Hospital de Campanha Unilagos, unidade de referência para o tratamento de pacientes com Covid-19. As informações foram reveladas pela Folha anteontem. Dependendo da carga horária, o salário pode chegar a R$ 17 mil.

Contudo, a atual realidade é de atraso no pagamento de servidores. A Folha apurou que os funcionários contratados da Saúde não receberam os vencimentos de maio nesta quarta-feira (17), conforme divulgado no calendário anunciado pela Prefeitura na semana passada. Apenas os contratados que atuam na Unilagos e nas UPAs teriam recebido no começo do mês. Quanto aos demais, a informação é de que não há previsão de pagamento.

– Sem contar que a gente recebe denúncias de que o secretário de Saúde está começando a demitir, pois diz que tem que diminuir a folha – comentou a secretária-geral do Sindicato dos Servidores de Cabo Frio (Sindicaf), Daiana Olegário.

Nesta quarta (17), a Folha publicou que o Hospital de Campanha Unilagos está com nove leitos de UTI ocupados e outros dez ociosos por falta de profissionais. Por isso, o município anunciou ontem que vai realizar Chamamento Público Simplificado, que terá inscrições abertas enquanto durar a situação de calamidade no município. 

Os profissionais especializados em trabalhar em UTI terão salário de R$ 13.500 com carga horária de 24h para plantões entre segunda e sexta-feira, enquanto aos sábados e domingos a remuneração é de R$ 17 mil para as mesmas horas trabalhadas. Os interessados deverão comparecer com  documentos ao Setor de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde, localizada à Rua Fagundes varela, s/n – São Cristóvão.

O Unilagos foi um dos alvos da Operação Exam, na segunda-feira (15), realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. A investigação teve origem em procedimento do MPF, anterior à pandemia, que apurava licitações e contratos para a realização de exames laboratoriais. Com a colaboração da Controladoria-Geral da União, a investigação incluiu também a aquisição e a distribuição de remédios. Já no âmbito do inquérito instaurado na PF, as apurações recaíram sobre os recursos federais para combate ao Covid-19 no município. Segundo a prefeitura, além dos leitos de UTI, o Unilagos também tem 60 leitos para atendimento clínico. 

Até esta quinta-feira (18), o município computava  590 casos confirmados de Covid-19 e 48 mortes pela doença. Outros 452 pacientes se recuperaram.