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VACINA COVID-19

ONU pede planos para financiar esforço global por vacina

Programa precisa de injeção imediata de US$ 15 bilhões

01 outubro 2020 - 10h15Por Agência Brasil
ONU pede planos para financiar esforço global por vacina

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que é hora de os países começarem a gastar dinheiro de seus planos de recuperação da covid-19 para ajudar a financiar o plano global de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS).  

Até o momento, o programa Acelerador de Acesso a Ferramentas contra a Covid-19 (ACT) e seu esquema Covax receberam US$ 3 bilhões, mas precisam de mais 35 bilhões. A iniciativa pretende entregar 2 bilhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus até o fim do ano que vem, 245 milhões de tratamentos e 500 milhões de exames.

"O Acelerador ACT proporciona a única maneira segura e certa de reativar a economia global o mais rápido possível. Um esforço nacional de vacinas em um punhado de países não destrancará as portas da economia global e restaurará os meios de subsistência", disse Guterres em evento virtual da ONU.

O secretário britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab - coanfitrião do encontro, ao lado de Guterres, da OMS e da África do Sul - exortou outros países a se unirem ao esforço global, dizendo que o Acelerador ACT é a melhor esperança de assumir o controle da pandemia.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom, afirmoue que 167 países se filiaram ao Covax, o que representa 70% da população mundial, acrescentando que a lista está aumentando todos os dias". Ele lembrou que 1 milhão de pessoas perderam a vida para a covid-19, mas que "o número real certamente é mais alto".

Guterres disse ainda que o programa precisa de injeção imediata de US$ 15 bilhões para "não perder a janela de oportunidade" para a compra e a produção antecipadas, compor estoques paralelamente ao licenciamento, intensificar as pesquisas e ajudar países a se prepararem.

Guterres pediu que todos os países aprofundem seus esforços consideravelmente nos próximos três meses.
Ele lembrou que países desenvolvidos gastaram trilhões de dólares nos impactos socioeconômicos da crise, por isso "certamente podemos investir uma fração pequena disso para deter a disseminação da doença em toda parte".