Em Cabo Frio, cabe ao Gabinete de Crise a decisão sobre qual zona o município está, com relação ao risco de contágio - Crédito: Arquivo FolhaCabo Frio registrou a 50ª morte pelo novo coronavírus. O número foi divulgado oficialmente pela Prefeitura nesta sexta-feira (19), assim como foi anunciada a decisão de manter o município na zona laranja (risco alto de disseminação da Covid-19), e consequentemente, as atuais regras de funcionamento do comércio.
Pelos dados da Secretaria Municipal de Saúde, o município contabiliza ainda 591 casos confirmados do novo coronavírus; dos quais em 464, houve a recuperação do paciente. O número coincide com o divulgado pelo Governo do Estado que, entretanto, aponta 30 óbitos no Painel Covid-19. Por sua vez, o Portal da Transparência de Registro Civil, que compila dados repassados pelos cartórios, mostra que o município teve 77 mortes pela doença do dia 16 de março até esta sexta.
Desde que o município passou a adotar a escala cromática como parâmetro de avaliação para abertura do comércio, há duas semanas, Cabo Frio teve um aumento de 78% no número de mortes e de 50% na quantidade de casos confirmados. No último dia 4, quando o decreto de flexibilização foi editado, o município totalizava 394 casos confirmados e 28 mortes. Entretanto, ainda não é possível associar o aumento dos casos e mortes com a reabertura do comércio, pois, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tempo de incubação do vírus pode chegar a 14 dias, embora a média seja de cinco dias.
Em toda a região, o número de casos confirmados chegou a 2.016 até o fechamento desta edição. Ao todo, os sete municípios somam 152 mortes. A taxa de letalidade (mortes dividido por casos confirmados) é de 7,5%. Depois de Cabo Frio, o município mais atingido pela Covid-19 é Araruama, com 411 casos confirmados e 35 mortes. Em seguida, vem Saquarema (336 e 22); São Pedro da Aldeia (310 e 11); Iguaba Grande (143 e 20); Armação dos Búzios (164 e 5) e Arraial do Cabo (61 e 9).
Ocupação na rede não é divulgada
Em Cabo Frio, cabe ao Gabinete de Crise a decisão sobre qual zona o município está, com relação ao risco de contágio. Um dos critérios adotados para isso é a ocupação dos leitos e disponibilidade de respiradores, porém os números são de conhecimento apenas interno. Um projeto de emenda modificativa de autoria do vereador Rafael Peçanha (Cidadania) que tramita na Câmara quer obrigar a Prefeitura a divulgar as informações no Portal da Transparência e nos boletins epidemiológicos.
Nos últimos dias, a Folha publicou que o Hospital Unilagos trabalha no limite e com leitos ociosos por falta de médicos intensivistas, ou seja, especialistas para atuar em UTI. Nesta quinta-feira, o município anunciou que está contratando esses profissionais, com salários entre R$ 13.500 e R$ 17 mil.
