Futebol é igual a dinheiro! E, no capitalismo, na maioria das vezes, o dinheiro vence. Essa semana Flamengo X PSG disputaram a final da Copa Intercontinental. Penso sim que, independente do clube sul-americano que lá estiver, esse torneio deve ser encarado como um mundial.
Duas questões me chamam muito a atenção. Primeiro como o Flamengo provou do próprio veneno. Em seu continente o rubro-negro carioca, junto de mais dois ou três clubes, dispõe de um poder financeiro que, muitas vezes, o coloca bem acima dos adversários nos confrontos diretos. Na disputa com o PSG esse poderio ficou do outro lado do campo e o Flamengo teve dificuldades. Futebol é dinheiro!
Em segundo lugar, impressiona ver os rivais de camisas sul-americanas torcendo para o clube europeu. Compreendo o viralatismo profundo que carregamos e que impede nossa rivalidade de ficar de lado por um instante. Mas podemos também usar o futebol para olhar a história. Até hoje o europeu tem muito sucesso ao explorar o sul do mundo, entre outras coisas, porque os que aqui vivem tantas vezes se veem como inimigos.
É essa falta de união, latente entre nós da política ao futebol, que parece brincadeira, contudo é um sintoma. E qual é o mal que nos acomete do futebol à política? Será que é a falta de um projeto de crescimento com objetivos claros capazes beneficiar o país e não um pequeno grupo, de alavancar o futebol e não somente um e outro clube? A conclusão não cabe numa crônica tão curta.
Parabéns ao futebol sul-americano, o segundo melhor do mundo!

