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Coluna

Futebóis

18 dezembro 2025 - 13h35

Todos os dias, nos futebóis da nossa terra, floresce uma enorme diversidade. Nesta semana os noticiários estão abarrotados por um Flamengo em vias de jogar a Copa Intercontinental e também por um caso sensível acontecido com o Goytacaz Futebol Clube.

O alvianil campista, sagrou-se campeão da Série B2, a quarta divisão do campeonato carioca de futebol, ao vencer a equipe do Macaé por um placar agregado de 5X2. O título e a goleada, no entanto, renderam menos comentários e reflexões do que a história do atacante Yuri de Carvalho.

O jogador entrou em campo usando uma tornozeleira eletrônica. Após ser condenado por tráfico de drogas e cumprir pena em regime fechado, o atleta recebeu uma chance do clube campista. Em campo, Yuri fez o último gol do jogo fechando a goleada do Goytacaz e pondo fim a um jejum de títulos que já durava 8 anos.

Na Vara de Execuções Penais pertinente, a defesa do jogador já solicitou a retirada da tornozeleira e obteve parecer favorável do Ministério Público Estadual.

Ainda assim, há um problema que persiste e que é muito maior que o Yuri. Ele se chama calendário do futebol e organização profissional do esporte. Yuri esteve empregado de setembro a dezembro como jogador profissional do Goytacaz. Cabe à CBF, essa entidade com renda anual na casa dos bilhões, organizar mais divisões no futebol, mais torneios profissionais, dando mais espaço para que os atletas não fiquem empregados apenas por 4 meses ao ano.

Se o esporte der mais chance, certamente precisará ressocializar menos.