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Coluna

A marca do Rei

04 dezembro 2025 - 12h14

A parte visual de uma marca, segundo os designers, deve ser simples. Um traço, uma curva. Elementos leves e fortes o suficiente para carregar o poder e o valor de nomes como Nike, Adidas, Puma e Pelé.

Sim, Pelé é uma marca, e das grandes! Os direitos de negociação de todos os produtos ligados a Pelé estavam sob domínio da Sport 10, agência norte-americana. Contudo a NR Sports, empresa do Neymar pai, adquiriu os direitos de exploração completa de tudo que está ligado a Pelé por cerca de 8 milhões de dólares (R$ 42 milhões). 

Agora a família Neymar estará no comando da criação de novos produtos, campanhas e licenciamentos relacionados ao Rei do futebol. E, não tenhamos dúvidas, também estará mais próxima de comandar o Museu Pelé, a Vila Belmiro e o próprio Santos que ao jogador Neymar já deve mais de R$ 80 milhões por um acordo de imagem.

Se o Santos for rebaixado, o valor de mercado da sua marca perderá valor. E logo aparecerão muitas famílias interessadas em comprá-lo. É assim que se vira SAF (Sociedade Anônima de Futebol): comprando dívida. Aliás, negócio muito comum em bancos, financeiras e certos fundos. O capitalismo tem esse mecanismo vil, deixar apodrecer para comprar barato.

Me recordo de Leônidas da Silva, o Diamante Negro que virou marca de chocolate. Mas me lembro também de outros tantos grandes esquecidos: Garrincha, Didi, Tostão, Gerson, Ademir da Guia, Zito, Vavá, Jairzinho, Falcão, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, Nilton Santos, Rivelino, Reinaldo... Quantas marcas perdidas.