As investigações da morte do professor Nivaldo Marques, de 43 anos, encontrado com sinais de estrangulamento no último dia 25 de abril devem ganhar um novo impulso com a volta ao trabalho, na última sexta-feira, do delegado-titular da 126ª DP (Cabo Frio), Carlos Abreu, que estava de férias.
Apesar de o crime ter acontecido nos primeiros dias da folga do delegado, Carlos Abreu afirma que já está a par das apurações e espera ter novidades sobre o caso nos próximos dias. Segundo informações de testemunhas, o professor foi visto saindo de uma festa acompanhado de outro rapaz. Ambos teriam ido para o apartamento de Nivaldo, no que foi a última vez que o professor foi visto com vida.
O delegado disse que está analisando as imagens de câmeras instaladas no clube onde o professor estava na madrugada de domingo, mas não quis confirmar se Nivaldo estava realmente acompanhado.
– Estou a par desse caso e a gente já estava apurando essa situação de que o suspeito poderia ter sido uma pessoa que ele conheceu na madrugada de domingo. A gente está tentando identificar essa pessoa e buscando os elementos para solucionar esse caso – comentou Carlos Abreu.
Na semana passada, o presidente do fórum LGBT da Baixada Litorânea, Rodolpho Campbell, tinha criticado os rumos da investigação.
Segundo ele, dados informados pelo então responsável pela investigação, o delegado-adjunto Lauro Coelho tinham sido divulgados de forma ‘precipitada’. Campbell disse ainda que aguardava a volta do titular para obter mais esclarecimentos sobre o caso, considerado pelo militante, como de homofobia.
Ao saber das declarações de Campbell, Carlos Abreu não descartou recebê-lo, mas disse que não tem encontro marcado com o ativista. Ele não confirmou que a motivação para o crime tenha a ver com a orientação sexual do professor.
– Até agora não temos nenhuma evidência que a motivação (do crime) foi homofobia. Quanto à reunião, ainda não tenho agenda com ele (Rodolpho), mas recebo todos que me procuram. De preferência os que possam colaborar com as investigações. Não existe investigação sem a participação da população – conclui o responsável pela 126ª DP (Cabo Frio).