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homicídio

Polícia analisa imagens de câmeras para tentar elucidar caso de professor assassinado

Testemunhas dizem que Nivaldo Marques teria saído acompanhado de clube, mas delegado não confirma informação

10 maio 2016 - 09h35Por Rodrigo Branco
Polícia analisa imagens de câmeras para tentar elucidar caso de professor assassinado

As investigações da morte do professor Nivaldo Marques, de 43 anos, encontrado com sinais de estrangulamento no último dia 25 de abril devem ganhar um novo impulso com a volta ao trabalho, na última sexta-feira, do delegado-titular da 126ª DP (Cabo Frio), Carlos Abreu, que estava de férias.

Apesar de o crime ter acontecido nos primeiros dias da folga do delegado, Carlos Abreu afirma que já está a par das apurações e espera ter novidades sobre o caso nos próximos dias. Segundo informações de testemunhas, o professor foi visto saindo de uma festa acompanhado de outro rapaz. Ambos teriam ido para o apartamento de Nivaldo, no que foi a última vez que o professor foi visto com vida.

O delegado disse que está analisando as imagens de câmeras instaladas no clube onde o professor estava na madrugada de domingo, mas não quis confirmar se Nivaldo estava realmente acompanhado.

– Estou a par desse caso e a gente já estava apurando essa situação de que o suspeito poderia ter sido uma pessoa que ele conheceu na madrugada de domingo. A gente está tentando identificar essa pessoa e buscando os elementos para solucionar esse caso – comentou Carlos Abreu.

Na semana passada, o presidente do fórum LGBT da Baixada Litorânea, Rodolpho Campbell, tinha criticado os rumos da investigação.

Segundo ele, dados informados pelo então responsável pela investigação, o delegado-adjunto Lauro Coelho tinham sido divulgados de forma ‘precipitada’. Campbell disse ainda que aguardava a volta do titular para obter mais esclarecimentos sobre o caso, considerado pelo militante, como de homofobia.

Ao saber das declarações de Campbell, Carlos Abreu não descartou recebê-lo, mas disse que não tem encontro marcado com o ativista. Ele não confirmou que a motivação para o crime tenha a ver com a orientação sexual do professor.

– Até agora não temos nenhuma evidência que a motivação (do crime) foi homofobia. Quanto à reunião, ainda não tenho agenda com ele (Rodolpho), mas recebo todos que me procuram. De preferência os que possam colaborar com as investigações. Não existe investigação sem a participação da população – conclui o responsável pela 126ª DP (Cabo Frio).