RODRIGO BRANCO
Os dados de julho do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam para um aumento no número de roubos de rua e de estupros nos sete municípios da região, que pertencem à 25ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp). No mês passado, as delegacias da região registraram 22 casos de violência sexual contra a mulher (nove deles em Saquarema, o maior índice), contra nove no mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2018, já são 151 casos, enquanto nos sete primeiros meses de 2017 foram 130.
Com relação ao total de roubos, também houve aumento no número de ocorrências. Em julho de 2018, foram registrados 254 casos, sendo 115 de pedestres e 35 de celulares. No mesmo mês do ano passado, foram 245 roubos, sendo 105 de pedestres e 27 de celulares. Levando em conta todo o ano de 2018, houve redução no total de roubos em relação ao ano passado (1.563 contra 1.648), mas no caso específico dos pedestres e celulares, houve aumento. Nos sete primeiros meses deste ano, houve 715 ocorrências de pessoas que perderam seus pertences mediante ameaça e 193 aparelhos celulares foram levados por ladrões. Em 2017, foram 676 assaltos de pedestres e 185 roubos de celulares. A tendência de aumento nos roubos de rua foi noticiada pela Folha nos últimos meses.
Há dez dias no comando do 25º Batalhão da Polícia Militar, que cuida da segurança dos sete municípios da Região dos Lagos, o tenente-coronel Roberto Dantas já está ciente de que há muito trabalho pela frente. Ele afirma que está fazendo uma avaliação do planejamento que vinha sendo feito pelo antecessor, tenente-coronel André Henrique de Oliveira, mas garantiu que serão mantidas as parcerias com a Polícia Civil, o Ministério Público e os conselhos comunitários de segurança.
– Vamos manter essas parcerias de modo a aumentar a ostensividade do policiamento nesses locais em que aumentaram os indicadores criminais – afirmou.
No quesito homicídios dolosos, houve uma estagnação. Em julho deste ano, houve 26 mortes violentas (nove delas em Cabo Frio, o maior número), contra 24 no sétimo mês de 2017. No total de assassinatos, as quantidades também são semelhantes. De janeiro a julho, foram feitos boletins de ocorrência de 183 homicídios dolosos, enquanto nos sete primeiros de 2017, esse número chegou a 186. A polícia acredita que boa parte dos casos tem relação com o tráfico de drogas, cujo combate o novo comandante diz ser prioridade.
– Nesses dez dias de comando, já tivemos 58 presos e apreendemos quase 50 Kg de material entorpecente, entre cocaína, maconha e crack. Tivemos vários carros recuperados, aumentamos as operação de combate direto ao tráfico de drogas e pretendemos manter esse ritmo a fim de diminuir a letalidade violenta para trazendo um pouco de paz para a população – comprometeu-se o tenente-coronel Dantas.
*Foto: arquivo Folha
