Racista, misógino, antidemocrático, homofóbico. Você já sabe de quem se trata. De duas, uma: aquele que se indignar com esta apresentação ainda desconhece o provável futuro presidente do Brasil ou, veladamente, concorda com seus ideais abjetos.

Não bastasse a lista de adjetivos, seu evidente despreparo em temas vitais, como economia, o credenciam para nos guiar rumo aos anos mais obscuros de nossa história. Ele exalta torturador. Ele relativiza a ditadura militar e promete reprimir colorações políticas dissonantes. Ele promete “caçar marajás”. Este filme é antigo.

O momento pede posicionamento. Porque esta não é eleição de opostos políticos. É a eleição da democracia contra um projeto político assumidamente racista, misógino, antidemocrático e homofóbico, como se constata facilmente em inúmeras declarações do candidato e integrantes do seu grupo.

Correm risco aqueles que se preparam para lavar as mãos. Podem, em breve, abrir a torneira e não encontrar água.

Rodrigo Cabral Cardoso Abreu da Silva, diretor executivo da Folha dos Lagos.