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Cabo Frio terá ‘Esplanada das Secretarias’

Análise do solo em terreno desapropriado de salina no Guarani já está em andamento

25 SET 2014 • POR Rodrigo Branco|Foto: Johnny Costa • 14h39

Uma extensa área, de mais de 100 mil metros quadrados, em um local distante e de improvável ocupação, onde boa parte do poder político está concentrada. Poderia ser a descrição de Brasília, a capital federal, situada no inóspito cerrado brasileiro, mas é o conceito do futuro Centro Administrativo de Cabo Frio, uma espécie de ‘Esplanada das Secretarias’, a ser construído no Guarani, a menos de um quilômetro do aeroporto da cidade.

Além de todas as pastas do Poder Executivo municipal, o complexo abrigará a nova Câmara dos Vereadores. Pelo menos, a princípio, não está prevista a mudança da sede da prefeitura para o local, que fica nas proximidades da Avenida Luiz Lindenberg.

Segundo as pastas de Desenvolvimento da Cidade e Obras, responsáveis pela elaboração e execução do projeto, respectivamente, as obras ainda se encontram na sua etapa inicial. Como o terreno desapropriado pela prefeitura fica nas Salinas Ponta da Costa, portanto inicialmente inadequado para construções, um amplo trabalho de  estudo e preparação do solo está sendo feito. Segundo o secretário municipal de Obras, Paulo Castro, o laudo sairá em aproximadamente 10 dias.

– Ainda está muito no início. Esse é um estudo técnico de engenharia e geologia que vai nos dizer o quanto temos que aprofundar, escavar o solo. Somente após ele, saberemos qual o valor a ser gasto. Trata-se de uma salina de mais de 80 anos. É preciso fazer a compactação do solo, verificar a umidade, a pressão, enfim, são vários fatores que influenciam – explicou.

O discurso vai ao encontro do que declara Gustavo Rosa, secretário municipal de Desenvolvimento da Cidade, responsável pelo projeto arquitetônico do conjunto. Segundo ele, está sendo feito um levantamento para saber a quantidade de servidores alocados em cada secretaria a fim de definir quantos imóveis serão necessários para acomodá-los no novo local. Ele afirma que, somente a partir disso, será possível ter uma estimativa de custos.

Além disso, um historiador chegou a ser contratado para outro projeto, considerado uma das ‘meninas dos olhos’ do prefeito Alair Corrêa: a reconstituição da Praça Porto Rocha dos anos de 1950 e 1960.

– Pretendemos dar uso ao local durante todo o dia. Depois do expediente, as pessoas poderão frequentar os bares e restaurantes do lugar. Também recriaremos o antigo Hotel Colonial para que funcione como tal e não como secretaria. Trata-se de um resgate da história da cidade – afirmou Rosa.