A Polícia Civil de Cabo Frio cumpriu ontem mandado de prisão preventiva por associação ao tráfico de drogas contra Washington Marques dos Santos, 25, conhecido como ‘Palhacinho’ e apontado como chefe do tráfico de drogas no Jacaré. De acordo com a polícia, foi Washington que, no último dia 8, em pleno feriadão da Independência, mandou incendiar um ônibus na Avenida Wilson Mendes e ordenou o fechamento do comércio no bairro após a morte de dois homens acusados de terem envolvimento com o crime. As investigações indicam que os dois foram mortos por milicianos.

A Polícia Civil informou que as investigações começaram em janeiro deste ano, com a apreensão de grande quantidade de entorpecente na comunidade. Com a prisão dos principais líderes da facção criminosa que domina o tráfico de drogas no local, ‘Palhacinho’ subiu na hierarquia do crime, até chegar ao topo, no último mês de julho, quando foram tirados de circulação Wesllyn Pereira Gomes, o ‘Pônei’ e Josemar de Oliveira Correia, o ‘Zu’.

Segundo a Polícia Civil, ‘Palhacinho’ começou no tráfico ainda menor de idade e começou a chamar a atenção pelas atividades criminosas em 2011. Dono de longa ficha criminal desde então, ele ainda tem outros registros de tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma de fogo, receptação e associação para o tráfico. Ele chegou a ser preso em 2014. Além disso, ele está sendo investigado em outros três inquéritos por homicídio.

Relembre o caso – A morte de dois homens na noite do último dia 7 desencadeou uma onda de medo no bairro. Na manhã seguinte, um ônibus da Auto Viação Salineira foi incendiado na Avenida Wilson Mendes, deixando uma pessoa ferida. Por conta disso, itinerários de linhas de ônibus que cortam o bairro foram alterados.

Nos dias seguintes, a mando do tráfico, comerciantes permaneceram com as portas fechadas em pleno fim de semana prolongado da Independência. Mesmo com o policiamento reforçado, escolas e posto de saúde também ficaram com as atividades suspensas, ainda após o feriado. Apenas na terça-feira, dia 11, os serviços foram normalizados.

No dia seguinte, moradores do bairro fizeram uma manifestação em frente ao Ministério Público e pelas ruas do Centro pedindo paz e criticando a atuação da Polícia Militar.