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Gás de cozinha está em falta em Cabo Frio

Distribuidoras já fizeram pedido de reposição, mas caminhões estão retidos na estrada por conta da greve 

26 MAI 2018 • POR • 09h38

RODRIGO BRANCO

O gás de cozinha está em falta em Cabo Frio. Ontem, a reportagem entrou em contato com distribuidoras de toda a cidade e praticamen­te todos estavam sem os botijões GLP de 13 Kg, comumente usados para consumo residencial. As distribuidoras já haviam feito pedido de reposi­ção, mas os caminhões de entrega estão retidos na estrada em função da greve da categoria.

Os estabelecimentos que ainda tem o produto fazem a venda de forma agendada, com preços em torno de R$ 80. O va­lor médio normalmente cobrado é R$ 70.

– Temos gás, mas só para depois das 15 horas. Não temos estoque ‘pra nada’ – comentou um distribuidor, que atende no Jardim Peró, no Ca­minho de Búzios e até em São Pedro da Aldeia.

Em uma grande distri­buidora, que fica na Ave­nida América Central, na Praia do Siqueira, o nome dos clientes estão sendo anotados em uma espécie de ‘fila de espe­ra’ para quando a situa­ção for normalizada.

– Esse é o quarto dia que não recebemos e é o segundo com estoque zerado. Estamos aguar­dando esse greve dos ca­minhoneiros – disse, ao telefone, uma atendente da empresa.

A situação afeta não apenas as grandes distri­buidoras como os peque­nos varejistas de bairro. Em outros pontos co­merciais, como um que fica na Avenida Joaquim Nogueira, em São Cris­tóvão, o botijão ainda pode ser encontrado, mas desde que o cliente vá ao local, o que não é tarefa fácil em tempos de com­bustível racionado.

Em Arraial do Cabo, a situação é parecida. Segundo a reportagem apurou, pontos de venda e distribuidoras já não tinham botijões para ven­der na noite de quinta-feira.

Postos a zero

Ontem, nos postos de Cabo Frio, já não havia mais gasoli­na e etanol nas bombas de combustível. Apenas os estabelecimentos que trabalham com GNV continuam em funciona­mento. Com isso, o cená­rio está completamente diferente do registrado nos últimos dias, de fi­las imensas. Postos que não trabalham com o gás natural veicular estão às moscas.

O prolongamento da paralisação dos cami­nhoneiros agrava tam­bém o desabastecimento nos supermercados da cidade. Diversos gêneros de hortifrutigranjeiros estão em falta nas gôn­dolas.

Em um estabelecimen­to, no centro de Cabo Frio, funcionários usa­ram a estratégia de espa­lhar caixas de ovos pelo setor de verduras e legu­mes para diminuir os es­paços vazios.

*Foto: Agência Brasil