Cozinhas clandestinas são interditadas pela Postura
Local operava para abastecer ambulantes da Praia do Forte
ALEXANDRE FILHO
Em operação realizada na tarde de ontem, agentes da Postura, em conjunto com a Fiscalização Sanitária de Cabo Frio e com o apoio da Polícia Militar, localizaram e interditaram três cozinhas clandestinas que funcionavam em uma construção inacabada na Avenida Macário Pinto Lopes, no Braga, ao lado do Hotel Caribe.
Os agentes da Postura descobriram que todo o alimento produzido no local servia para abastecer alguns ambulantes que trabalham nas areias da Praia do Forte, uma das mais visitadas por cabofriense e turistas.
As condições em que se encontrava o local assustaram os agentes que participaram da operação. As cozinhas improvisadas, que estavam equipadas com fogões industriais, mantinham condições insalubres, completamente contraindicadas para a produção de alimentos. Os alimentos, que muitas vezes estavam separados em porções prontas para uso, eram armazenados em locais impróprios, sem refrigeração e perto de latas de lixo.
Sem a manutenção da higiene do local, além da presença de um odor forte, também foram encontrados alguns animais transitando no recinto, como gatos e ratos. Além disso, alguns aparelhos elétricos, como um frigobar, estavam ligados à precária rede elétrica do local através de furto de energia. O resultado era a baixa ou nenhuma luminosidade do ambiente.
– Não havia qualquer preocupação com a higiene, nem com o acondicionamento dos alimentos e muito menos na confecção da comida – explicou em nota o coordenador da Postura da Prefeitura, Gilson da Costa.
Segundo Gilson, o homem que cuida do imóvel tem um contrato de comodato com o proprietário, e o alugava por R$ 600 mensais. Ainda de acordo com o coordenador de Postura, o imóvel também servia para outros fins, como estacionamento clandestino.
Gilson da Costa explicou quais serão as futuras medidas que deverão ser tomadas a partir de agora.
- Vamos acionar o proprietário do imóvel (o nome dele não foi revelado) para que tome as devidas providências, considerando que as cláusulas do contrato de comodato não estão sendo cumpridas. E vamos extinguir qualquer tipo de possibilidade de continuidade de um trabalho insalubre - disse ele, à tarde, ao portal RC24H.
O caso foi registrado na 126ª DP (Cabo Frio).