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Secretário diz que situação salarial será normalizada apenas em 2018

Complicações para obter empréstimo ameaçam 13º até o fim do ano

11 OUT 2017 • POR Rodrigo Branco • 10h33

Ao que tudo indica, os servidores municipais ainda terão que gastar muita sola de sapato em protestos pela cidade até dezembro. Segundo o secretário de Fazenda, Clésio Guimarães Faria, a situação salarial só será normalizada no começo de 2018, com maior entrada de recursos do IPTU, por exemplo. 
Para o pagamento do mês de setembro, por exemplo, não há previsão. A servidores da Saúde com se encontrou ontem, Clésio afirmou que pretende pagar os vencimentos dos efetivos até a próxima quarta-feira. Por causa do feriadão, que começa amanhã, o secretário espera resolver as pendências com o funcionalismo na semana que vem, para quando está previsto aumento na arrecadação.
– Até combinei com eles (servidores) de abrir as contas na segunda-feira. A melhor forma é chamá-los para decidir o que vamos fazer. Na terceira semana do mês costuma entrar um valor maior de ICMS – comentou Clésio.
O secretário disse ainda que a situação financeira do município tende a piorar no fim do ano, uma vez que a arrecadação própria cai porque muitos contribuintes deixam de pagar os impostos. Além disso, a crise tem afetado o consumo e, consequentemente, a entrada de receitas como o ICMS e o ISS.
– É o chamado ‘efeito cascata’ – avalia.
Para piorar, as perspectivas não são nada boas para o funcionalismo quanto ao pagamento do 13º salário deste ano. O sonhado empréstimo bancário de R$ 50 milhões para colocar a folha salarial em dia e pagar a gratificação natalina aos funcionários está cada vez mais difícil de ser concretizado. 
– Está emperrado porque os bancos têm linha de empréstimo para investimento e não para custeio. Eles condicionam a liberação dos recursos à apresentação de um projeto. Só não vamos pegar dinheiro para investimento e pagar custeio. Até o momento, nada foi conseguido, mesmo com os parcelamentos em dia. Mas não vamos desistir. As portas estão fechadas, mas vamos tentar todos os canais possíveis – disse.

 

* Matéria completa na edição impressa desta quarta (11) da Folha dos Lagos.