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Quase um mês depois, Marinha encerra buscas ao barco Guma

Comandante da Capitania dos Portos informa que todas as ações para encontra embarcação foram feitas

6 OUT 2017 • POR • 11h33

Após quase 30 dias do desaparecimento do Barco Guma, as esposas dos pescadores que estavam na embarcação lutam para retomar a vida: “Tem que lutar, né?”, diz Elizangela Marciano Santos, mãe de três filhos, há 16 anos casada com o pescador Marcelo Santos. A esperança de encontrar os quatro pescadores já é remota. A Marinha do Brasil encerrou as buscas no dia 27, depois de ter retomado no dia 20 e de ter traçado diversas rotas de busca, de Norte a Sul e vice-versa.
Segundo o comandante da Capitania dos Portos, tenente-capitão Rogério Sousa, todas as possibilidades foram esgotadas nas buscas. 
- Assim que fomos comunicados do desaparecimento, no dia 13, as buscas começaram. Paramos no dia 17, mas no dia, a pedido das famílias e Colônia de Pescadores, retomamos. Todas as localizações prováveis foram intensamente pesquisadas. Todos os meios possíveis esgotados. A partir daí, a Marinha encerrou definitivamente as buscas- informa o comandante.
A Capitania instaurou um inquérito para apurar as causas do desaparecimento. Questionado sobre as denúncias de que a embarcação apresentava problemas técnicos, inclusive com o GPS com defeitos, o comandante informou que o órgão está apurando todas as denúncias.
- Instauramos um inquérito pode ser concluído em até 90 dias, a partir de 18 de setembro. Toda essa situação será apurada – conclui.
As esposas dos pescadores fizeram um boletim de ocorrência na 126ªDP e agora aguardam o desfecho do caso. Segundo elas, até o momento o dono da embarcação não prestou nenhum tipo de assistência às famílias. 
O barco Guma fez o último contato no dia 9, quando o mar apresentava condições ruins, com ondas de até quatro metros e ventava muito forte. Desde então, não se tem notícias dos pescadores Luiz Mar de Sousa, José Mario Gonçalves, Aguinaldo Evangelista e Marcelo dos Santos. 
Um dos pescadores que iria na embarcação, Luciano Rodrigues, denunciou à Folha que o barco apresentava vários problemas técnicos, como falha no GPS e problema no motor. Ele afirmou que o barco chegou a ficar à deriva no mesmo lugar onde desapareceu dias antes. Mas o proprietário da embarcação, Gustavo Teixeira, negou.
– Tudo o que acontece na embarcação eles me relatam. O mestre é experiente, teria relatado. Desconheço qualquer problema mecânico na embarcação – afirmou Gustavo à época à Folha.