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Literatura da região marca presença na Bienal do Rio

Escritores embarcam em caravanas na maior feira literária da América Latina

30 AGO 2017 • POR Gabriel Tinoco • 11h18

“Os livros são objetos transcendentes”. Ao mencionar Caetano Veloso, Junior Carriço sintetiza a caravana em que ele e outros escritores locais embarcam rumo à Bienal do Rio de Janeiro amanhã: uma viagem transcendental feita pela Editora Comunicação. Representar a região, nesse caso, significa levá-la aos leitores – não só da capital fluminense, como também do país inteiro – com a beleza dos patrimônios culturais de Cabo Frio descritos no livro de Ludmila Oliveira, com a doçura das poesias da jovem Maria Eduarda Menezes ou até mesmo com a veia poética do próprio Júnior, onde correm os versos e o sangue do avô Vitorino Carriço. Os autores ficarão no estande H-29 do Pavilhão Azul.
A Folha ouviu alguns deles, que demonstram sensações diversas diante da responsabilidade de expor as obras na maior feira literária da América Latina. Tímida, a escritora Maria Eduarda Menezes, 16, revela nervosismo na recepção de ‘Amor e Cactos’.
– Sinto-me realizada. Isso porque me faz ver que posso alcançar coisas que pensava que não alcançaria. Estou bem nervosa, porque é a primeira vez que vou à Bienal – conta.
Mas nem todos estão nervosos. A escritora Ludmila Oliveira, que leva duas obras: ‘Conhecer Para Preservar’ e ‘#Alunos’, teve boa recepção na Bienal de São Paulo e aguarda aprovação ainda maior no Rio de Janeiro.
– Estou ansiosa. Já tive oportunidade de representar a cidade na Bienal de São Paulo com Conhecer Para Preservar. O meu livro fala dos patrimônios históricos, culturais e ambientais de Cabo Frio. As pessoas gostaram muito. Muita gente queria, inclusive, conhecê-los. Agora, a expectativa é ainda maior. – declara.
O poeta Junior Carriço já esteve na feira como consumidor, mas não sabe o que esperar no lançamento de ‘Recoveco’.
– É uma coisa completamente nova. A Bienal abre, sim, caminhos, ideias, sensações e experiências. Mas não sei exatamente o que esperar. Sei que estou indo na felicidade. Sinto-me um estrangeiro. Vamos ver o que acontece – analisa. 
No dia cinco, o escritor Carlos Henrique Ferreira levará o Almanaque da Imprensa Cabofriense à feira.
– É uma oportunidade de divulgar e também trocar experiencias com outros autores, estou bastante animado – finaliza.