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Marquinho quer 'limpar nome' do município com União em 15 dias

Com cadastro positivo, prefeito de Cabo Frio espera receber verbas federais

24 JUN 2017 • POR Redação I Foto: Arquivo Folha • 12h35

Com elevada dívida deixada pelo governo passado, o governo do Estado em grave crise e os repasses federais retidos pela inadimplência da prefeitura, o prefeito cabofriense Marquinho Mendes (PMDB) disse, ontem, que o governo está se “virando nos 30” para equilibrar receita e despesas, desafio, segundo ele, que espera vencer por completo a partir dos primeiros meses do ano que vem.

Mas, pelo menos, ele anuncia para os próximos 15 dias o objetivo que o governo dele vem focando desde a posse, em janeiro: tornar a prefeitura adimplente junto ao governo federal. Atualmente, segundo disse o prefeito, estão sendo consolidados os últimos parcelamentos das dívidas herdadas da gestão Alair Corrêa, deixando a prefeitura, definitivamente, em condições de receber os recursos, especialmente aqueles oriundos de emendas ministeriais e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Mas Marquinho Mendes diz ser impossível estimar o volume de verba que poderá chegar até o fim do ano, embora frise bem que, mesmo sem este valor, espera pelo reforço de caixa para equilibrar de vez a saúde financeira da prefeitura. “A situação é delicada, requer muito trabalho, e, sobretudo, paciência para que tudo aconteça na hora certa”, comentou o prefeito Marquinho Mendes.

Para se ter ideia da realidade financeira da prefeitura cabofriense, a previsão orçamentária deste ano é de R$ 780 milhões, mas Marquinho Mendes admite que a receita ficará em torno de R$650 milhões, ou seja, R$130 milhões a menos. Diante disso, a previsão do orçamento para o ano que vem deverá ser igual à fixada para este ano.

Se existe alguma esperança de receber algum repasse federal, o mesmo não acontece com relação ao governo do Estado. Marquinho Mendes considera muito grave a crise enfrentada pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o prefeito admite, aliás, que, agora, “a situação fica muito pior” diante das declarações do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jorge Picciani (PMDB) de que a solução seria o “impeachment do governador” ou a intervenção federal”.

– Claro, isso cria um estado em ingovernabilidade – avaliou o prefeito cabofriense.

Para assegurar o estancamento da crise municipal, Marquinho Mendes defende o “rigor” no dever de casa, afirmando que todas as medidas estão sendo tomadas no sentido do equilíbrio das finanças.

– A cobrança da dívida ativa está sendo intensificada e estamos, sobretudo, visando as grandes dívidas – comentou.

O prefeito cabofriense também espera reforçar o caixa diante da possibilidade de aumentar o Imposto Sobre Serviço (ISS) pago pelas plataformas instaladas no litoral do município.

Mais ainda:

– Vamos ampliar a campanha no sentido de senbilizar a população a pagar o IPTU em dia – revelou ele.

Sobre a representação de Cabo Frio na Assembleia Legislativa (Alerj), Marquinho disse que, até hoje, “eles (os deputados Janio Mendes (PDT) e Silas Bento (PSDB) não trouxeram sequer um copo d’água para o município”. “Mas não é culpa deles, porque o Estado, de fato, está em crise”, amenizou.

Frente – Marquinho Mendes anunciou que irá participar da programada reunião do dia três próximo, em Brasília, na casa de Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal. “Afinal, ele é presidente da Câmara e vice-presidente da República”, concluiu Marquinho Mendes.