crise

Com crise, um terço dos carros da PM está parado por falta de manutenção

Comandante do 25º PM garante que situação não afeta policiamento na região

20 JUN 2017 • POR Rodrigo Branco I Foto: Arquivo Folha • 08h56

A crise financeira no Estado do Rio atinge em cheio a área de segurança pública e afeta diretamente a parte de infraestrutura. No caso da Polícia Militar, a falta de recursos levou ao rompimento do contrato com a empresa que fazia manutenção das viaturas, a CS Brasil. No 25º Batalhão, responsável pelas sete cidades da Região dos Lagos, 42 dos 125 veículos usados para o policiamento nas ruas estão fora de combate. Isso equivale a cerca de um terço da frota.

Ao todo, das 2.657 viaturas existentes em todos os batalhões da PM no estado, 990 (37,2%) estão fora de operação. O levantamento foi feito em maio pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e divulgado pelo jornal O Dia.

O comandante do 25º BPM, tenente-coronel André Henrique de Oliveira, admite o problema, mas garante que isso não afeta o trabalho cotidiano de patrulhamento da região. André Henrique esclarece que o batalhão recebe do comando-geral um auxílio de R$ 8 mil a cada dois meses para que sejam feitos os reparos necessários em oficinas terceirizadas.

– O término do contrato não afeta em nada o nosso patrulhamento. A gente também é favorecido pelo fato da região do 25º BPM ser bastante urbanizada, com vários trechos asfaltados. Não há nenhum local desguarnecido. Está tudo rodando – afirma o comandante André Henrique.

Em nota, o comando-geral da PM afirmou que aproximadamente 20% do total da frota da Corporação está em processo de descarga, isto é, será descartado e irá virar ‘sucata’. No entanto, a corporação avisa que está ‘em andamento’ um processo de licitação para compra de 750 novas viaturas.
Contudo, com as dificuldades financeiras não se sabe quando a PM poderá contar com os novos veículos. Tampouco o comandante do 25º BPM sabe quantas dessas viaturas ficarão disponíveis para o quartel da Região dos Lagos.

A situação é incerta mesmo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em julho de 2015 pelo Governo do Estado, que previa a destinação de recursos de R$ 4 bilhões para a área de segurança pública até 2021. Com dificuldades até para pagar salários de ativos e aposentados, as melhorias estruturais podem ficar para depois.