Educação

Educação decide por paralisação de 24 horas na segunda (15)

Categoria afirma que Prefeitura não cumpriu acordo para pagamentos salariais

12 MAI 2017 • POR Redação I foto: Divulgação Sepe Lagos • 10h10

Os profissionais da Educação de Cabo Frio decidiram paralisar as atividades por 24 horas na próxima segunda-feira (15) em assembleia realizada na noite de quinta (11) no Colégio Municipal Edilson Duarte, no Jardim Caiçara. Na reunião também ficou definido que a categoria passa a ficar em 'estado de greve'.

De acordo com o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos), as atitudes foram tomadas em função do descumprimento da Prefeitura quanto ao pagamento de parcelas do acordo firmado com a categoria no começo do ano, para quitação de salários não pagos na gestão anterior. Para a categoria, a gota d'água foi o atraso no pagamento do mês de abril, vencido na última segunda (8) e quitado apenas parcialmente.

Também foi marcado para a manhã da próxima segunda (15) um ato em frente à Prefeitura. No dia seguinte, os educadores acompanharão a sessão da Câmara e solicitarão o uso da tribuna. Uma nova assembleia está marcada para a próxima quarta (17), no mesmo local. 

Prefeito e Sepe divergem sobre pagamentos

Com a situação financeira cambaleante do município, o cumprimento da folha salarial começa a ratear. O prefeito Marquinho Mendes garantiu que já foram pagos os vencimentos dos servidores estatutários e prometeu pagar até o fim do dia de ontem os contratados da Saúde e da Educação. Ainda assim permaneceriam em aberto os salários dos funcionários comissionados e de parte dos profissionais de ensino.

Contudo, a diretora do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos), Denise Teixeira, contestou as informações e disse que os professores ainda não receberam o mês de abril. Nos 11 primeiros dias deste mês, entraram nos cofres cabofrienses apenas R$ 3 milhões do Fundo de Valorização do Ensino Básico (Fundeb), quantia considerada insuficiente para quitar os compromissos. Contudo, a sindicalista vê com maus olhos a dependência do recurso.

– O fundo foi criado para valorização e hoje a maioria dos municípios o utilizam para pagar a folha na integralidade – critica a sindicalista.