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Estudantes protestam por passe livre nesta quinta (11)

Ato contra possível extinção do direito está marcado para as 13 horas, na Praça Porto Rocha

11 MAI 2017 • POR Rodrigo Branco I Foto: Arquivo Folha • 07h54

 Vinte e cinco anos após con­quistarem o direito de circular pelos ônibus sem pagar, os estu­dantes de Cabo Frio podem es­tar próximos de perdê-lo, assim como os colegas de todo o Estado. Mas para impedir o fim do passe livre, proposto pelo governo esta­dual, eles prometem resistir. Para hoje, a partir das 13 horas, por exemplo, está marcado um ato na Praça Porto Rocha, convocado por entidades estudantis.

Barrada por uma liminar con­seguida pela Defensoria Pública do Rio, a extinção da passagem gratuita prejudicaria cerca de 27 mil alunos das redes municipal e federal de ensino em todo o es­tado. Segundo Caio Sad, diretor da Federação Nacional dos Estu­dantes em Ensino Técnico (Fe­net), o objetivo da mobilização é pressionar não apenas o Governo do Estado como a empresa que detém a concessão para operar o transporte público na região.

– Essa liminar pode ser facil­mente derrubada. Além disso, eles (empresa) não deram qual­quer garantia que não vai ser cor­tado o passe livre. Eles se recu­saram a assinar qualquer acordo. Não dá para ter acordo de boca – disse Sad, sobre a primeira reunião com a Auto Viação Salinei­ra, na segunda-feira.

Por meio de nota, a Salineira informou que a crise financeira, pela qual passa o Estado do Rio de Janeiro, está afetando direta­mente o equilíbrio financeiro das empresas de ônibus, colocan­do em risco o cumprimento das folhas de pagamento, custos de manutenção das frotas, a manu­tenção e a qualidade do serviço. No texto, a empresa disse ainda que atende a cerca de 418 mil uti­lizações de gratuidades mensais, por parte dos estudantes da rede pública de ensino, sem qualquer contrapartida dos entes públicos.

Por fim, o grupo SMS, que opera a empresa, disse que está “solidário aos estudantes e per­manece, mesmo em meio às suas dificuldades, garantindo a gratuidade aos alunos das redes municipais e estadual, manten­do-se aberto ao diálogo com representantes dos movimentos estudantis na busca de uma solu­ção que atenda a todas as partes envolvidas”.