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Biblioteca de Cabo Frio reabre em nova sede

Walter Nogueira funciona na Avenida América Central, em São Cristóvão, na noite desta quarta (3)

3 MAI 2017 • POR Gabriel Tinoco • 10h07

Após dois anos com as portas fechadas, a Biblioteca Municipal Walter Nogueira reabre hoje, mas sem a totalidade do acervo (em torno de 25 mil exemplares) e em novo local: na Avenida América Central, nº 200, loja 01, em São Cristóvão. A inauguração tem início às 18h. O expediente será entre 8 e 18h.
– Estamos alojados em São Cristóvão, numa área de terminal de ônibus, entre duas faculdades. Ou seja, de maior e melhor fluxo do que onde estava. Vamos estar num padrão mais moderno, baseado na Biblioteca do Amanhã (projeto da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro) – disse o diretor da biblioteca, Anderson Macleyves.
A antiga sede, o Solar dos Massa, no centro de Cabo Frio, será reaberto dentro de algumas semanas como um centro de memória que abriga as obras raras (já foram catalogadas 330) e os livros didáticos e repetidos (cerca de 40% do acervo).
A restauração do prédio já foi concluída, mas o Ministério Público ainda precisa dar um parecer final para que o espaço possa ser usado. Em 2015, como a Prefeitura não tinha dinheiro, as obras começaram no primeiro semestre de 2016, através de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que obrigou um empresário a arcar com a reforma.
– O empresário construiu um prédio e demoliu casas na Rua Silva Jardim. Foi aplicada a multa para restauração do Solar dos Massa. O acordo aconteceu em março ou abril de 2016. Não conseguimos terminar a tempo – conta o ex-secretário de Cultura, José Facury Heluy.
Os livros estavam no prédio Grand Maison, próximo à Rodoviária de Cabo Frio, durante a restauração. Momentaneamente, os exemplares raros e metade dos livros repetidos ou didáticos ficam na nova unidade – a outra metade permanece no Maison.
A escritora Jannini Rosa, 20, comemora a reabertura, apesar de achar o Centro um local melhor para a biblioteca.
– Para a leitura é vital. Eu não sei como até agora o povo se virou para a realização de pesquisas sem essa biblioteca. Para a literatura local é importante, porque, além de divulgar as obras, colocando-as à disposição de forma gratuita, também pode ser um lugar para iniciativas literárias – explica.


*Confira matéria completa na edição da Folha dos Lagos desta quarta-feira (3).