cesta básica

Preço da Cesta Básica cai mas ainda não agrada completamente

Preços dos alimentos essenciais foram criticados pelos consumidores

9 FEV 2017 • POR • 07h25

Apesar do Departamento Intersindical de Estatística e Es­tudos Socioeconômicos (Diee­se) ter mostrado uma queda da cesta básica nas capitais, a rea­lidade em Cabo Frio não parece ser a mesma. Os consumidores reclamam dos altos valores co­brados nos alimentos essenciais e do preço da cesta: em torno de R$ 80. Os mercados rebatem ao afirmar que realmente houve uma queda de 5%.

A autônoma Rosemary Go­mes, 49, mal consegue perceber a diferença na hora de fazer as compras do mês.

– Está um horror. Não vejo nada que esteja mais barato. Aliás, se o preço está mais bai­xo, não dá nem para perceber a diferença. As coisas essenciais, ironicamente, são as mais caras: arroz, feijão... Está tudo absur­do – dispara.

A terapeuta capilar Mary No­zaly, 55, não costuma comprar arroz e feijão – até porque são comidas saem caras no fim do mês, segundo ela.

– Aumentou feio, isso sim. Não compro muito os produtos como feijão e arroz, mas sei que estão caros demais. Os cereais também têm um preço muito alto. E creio que demorará para eles abaixarem – diz.

Quem percebeu a queda de alguns alimentos foi a personal trainer Fátima Oliveira, 60, mas que também ressalta que os valores de outros produtos au­mentaram.

– Esse mês deu uma baixada em algumas coisas. O tomate, que chegou a custar R$ 8, está com um preço bom: R$ 2. O feijão também caiu. Mas, nor­malmente, um produto tem um preço mais barato, mas o outro compensa – afirma.

De acordo com o gerente do Econômico, Fábio Silva, 45, o produto que abaixou a média da cesta básica no mês passado foi o feijão.

– Em dezembro, o valor da cesta aumentou. No último mês, caiu novamente. O preço caiu por causa do feijão. Antes, o feijão custava R$ 7 e agora está a R$ 4. Isso levou a média lá para baixo.

Os gerentes afirmaram que os preços subiram em dezem­bro do ano passado. Eles con­sideraram o movimento como bom em janeiro, mas não ape­nas pela queda no preço: tam­bém pelo movimento de turis­tas na cidade.