Cidade Viva

Comércio informal e trânsito são destaques do Cidade Viva

Debate aconteceu ontem na sede da Folha dos Lagos com participação de setores da sociedade

3 FEV 2017 • POR • 02h39

O impacto inicial de assumir a cidade em meio a um caos admi­nistrativo já passou, mas a ordem pública para o restante da alta temporada ainda é uma preocu­pação para autoridades e empre­sários. Mais uma vez, a questão foi o pano de fundo do ‘Cidade Viva Verão’, que ontem teve como temas o comércio informal e o trânsito de Cabo Frio. Esse foi o terceiro painel do projeto da Folha que começou em 2016.

De cara, o presidente da As­sociação Comercial e Industrial (Acia), Eduardo Rosa, reclamou do que chamou de ‘concorrência desleal’ dos informais com os co­merciantes que estão com a situ­ação regularizada.

– O governo tem as ferramentas para coibir esse processo. Não po­demos deixar que Cabo Frio vire uma cidade sem lei porque todos vamos sair perdendo. É inadmis­sível se encontrar 10, 20 vende­dores de gelo em cada esquina e diversos food trucks estabelecidos em qualquer área – disse.

Aliás, o comércio de alimentos sobre rodas foi assunto de desta­que no encontro. De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Cláudio Bastos, existem hoje 23 veículos do tipo em Cabo Frio, a maioria sem licença para fun­cionar. Por conta de um decreto do prefeito Marquinho Mendes, foram todos notificados e devem ser fechados em até dez dias.

– Entendo que é correto (noti­ficar), pela forma que nós herda­mos a cidade, mas o food truck é uma realidade. A gente tem que ordenar e trazê-los para a forma­lidade – disse o secretário.

O debate teve grande partici­pação do público, tanto do que compareceu ao auditório da Folha como o que acompanhou a trans­missão ao vivo pelo Facebook. E foi da internet que veio a pergunta que estimulou uma longa expla­nação do secretário de Mobilida­de Urbana, Mauro Branco, sobre o estacionamento no Jd. Caiçara.

– A gente está passando por um momento de reestruturação. Temos que trabalhar numa lógi­ca de planejamento e a gente vai alcançar o Caiçara, mas para isso eu preciso de placas, porque sem placas eu não vou conseguir im­pedir o estacionamento nas ruas.