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Sumiço de bancos da orla da praia gera mistério em Cabo Frio

Testemunhas alegam bancos teriam sido removidos pela Prefeitura, que nega

1 DEZ 2016 • POR Texto e foto: Rodrigo Branco • 00h35

 Em meio à recente onda de sumiço de patrimônios públicos na cidade, o caso dos bancos da orla da Praia do Forte intriga especialmente os cabofrienses, sobretudo pela quantidade de peças levadas: 12 em um inter­valo de 50 metros, entre a Rua Francisco Mendes e a Avenida Nilo Peçanha. A partir daí, as versões para o desaparecimento dos assentos são divergentes.

Uma fonte ligada à Prefeitura, que preferiu o anonimato, afir­mou que os bancos foram retira­dos por funcionários da Comser­caf que os teriam levado para um local desconhecido. Contudo, o diretor da autarquia, Alexandre Sant’Anna negou a informação.

– Se tivesse sido retirado por nós estaria no nosso pátio (que fica em São Cristóvão), o que não aconteceu – alega.

Não é o que afirmam funcio­nários de estabelecimentos que funcionam na orla. De acordo com um deles, que preferiu não se identificar, um dos bancos foi retirado ‘por homens da Prefei­tura’ há alguns dias, no fim da tarde. Segundo o funcionário ou­vido pela reportagem, a retirada foi feita para reparos, uma vez que as peças estariam parcial­mente danificadas pela ação de moradores de rua ou de pessoas que praticam ginástica no local.

– Como roubariam tantos bancos, mesmo de madrugada, sem ninguém perceber? – ques­tionou o rapaz.

Seja como for, a Prefeitura tratou de descartar qualquer ser­viço de reparo. Em nota, a ad­ministração municipal informou que após ser comunicada ‘dos furtos e danos ao patrimônio pú­blico’ tomou providência junto à polícia e aguarda a apuração e solução do caso. A Prefeitura disse ainda que foi registrado um boletim de ocorrência foi feito e que está colaborando com as investigações.

Praça do Cova – Em Arraial do Cabo, o dilema é outro: saber o paradeiro das pedras portugue­sas retiradas das obras de revita­lização da Praça Daniel Barreto, popularmente conhecida como Praça do Cova, cuja reinaugura­ção está prevista para 16 de de­zembro.

Procurado, o secretário de Obras do município, Adiel Al­meida, afirmou desconhecer o destino do material. O secretário levantou a hipótese de que parte das pedras tenham sido destruí­das, mas disse que a questão de um eventual reaproveitamento ficaria a cargo da secretaria de Serviços Públicos.

No entanto, nem o responsá­vel pela pasta, Francisco de As­sis, nem a Prefeitura de Arraial retornaram à reportagem até o fechamento desta edição.