Tragédia da Chapecoense abala Cabo Frio
Atletas da cidade comentam relação com jogadores do time de Chapecó
Os 4.845 quilômetros que separam Cabo Frio da cidade de La Unión, departamento de Antioquia, na Colômbia, não são suficientes para distanciar a dor da tragédia que deixou em luto o esporte e o jornalismo esportivo ontem, com a queda do avião da Chapecoense e morte de 76 pessoas. A tia do atacante Thiago Alves, 22, moradora de Cabo Frio, recebeu a notícia na loja que trabalha no centro da cidade. Aos prantos e inconsolável, Rosemere Vieira foi levada para casa.
Menos distantes por laços familiares, mas próximos por convivência, jogadores da cidade estavam em choque. O treino da Cabofriense, pela manhã, foi aberto com uma oração pelas vítimas. O clube também divulgou nota em rede social lamentando a tragédia: “Que notícia triste na manhã de hoje. Lamentamos profundamente o ocorrido com a delegação da Chapecoense e demais passageiros do trágico vôo para Colômbia. Que os familiares sejam confortados. #forçachape”.
O ex-jogador Leandro, ídolo maior do futebol em Cabo Frio, se disse ‘estarrecido’ com o fato. Ele jogou com o ex-craque e comentarista da Fox Sports, Mário Sérgio, que estava entre os jornalistas que acompanhavam a equipe que disputaria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana na Colômbia.
– Estou estarrecido. Realmente, foi um desastre. Joguei junto com o Mário Sérgio na Seleção Brasileira, em 1981, um pouco antes da Copa. Era uma pessoa muito alegre e divertida. É lamentável o ocorrido e só nos resta orar a Deus para que possa amenizar a dor das famílias – lamentou Leandro.
A maior tragédia aérea do mundo com uma equipe de esportes deixou 76 mortos. No vôo estavam 81 pessoas – 72 passageiros e nove tripulantes. Até o fechamento desta edição cinco pessoas tinham sobrevivido. Leandro, lateral esquerdo da Cabofriense, tinha vários amigos na equipe.
– Caio Júnior foi meu treinador, o Gil jogou comigo no Vitória. Além disso, tinha vários amigos lá. Recentemente, estava assistindo uma entrevista do Caio Junior no programa Resenha, da ESPN, para prestigiar o meu amigo Alex. Tive ótimas lembranças do tempo de Palmeiras, em 2007. Ele que pediu minha contratação. Já joguei contra o Cléber Santana... Enfim, pegou todo mundo de surpresa. Agora, devemos guardar as lembranças boas. Esse acidente vai ficar marcado. Devemos dar força aos familiares. Nesse momento, eles precisam de apoio – afirmou.
* Confira a matéria completa na edição desta quarta-feira da Folha dos Lagos