Praça Porto Rocha apresenta marcas do abandono
Bancos quebrados, sujeira e buracos são problemas da praça mais movimenta de Cabo Frio
O churrasco em plena luz do dia na Praça Porto Rocha, no coração de Cabo Frio, na última quinta-feira, foi o retrato da zona que se intalou no lugar. O estado de abandono começa nos banquinhos quebrados, passa pelas inúmeras pichações e acaba nos buracos espalhados pela praça mais movimentada da cidade. Os moradores cobram ações do governo para restaurar a dignidade do palco de manifestações, apresentações artísticas e projetos culturais.
– O abandono é claro. Ontem (anteontem), até comida fizeram. Trabalho por aqui há seis anos e nunca vi a praça assim. Ninguém fica mais aqui. As crianças andam de skate em lugares que não deveriam brincar. Já vi uso de drogas pela madrugada. Numa manhã, pegaram um casal transando – reclama a empresária Patrícia Jacuru, 38.
A autônoma Ana Lúcia de Souza, 47, se sente envergonhada. – A praça está abandonada, suja e quebrada. Isso é uma vergonha – afirma.
A última reforma na praça não agradou à professora Jane Loyola, 38, que também reclama da falta de manutenção.
– A praça está péssima. Primeiramente, não está mais arborizada como era antes. Não tem um jardim sequer. Em segundo lugar, o piso está todo quebrado. Os pedaços de granito estão soltos, espalhados pelo chão, porque os bancos estão danificados. A praça está feia – critica.
O autônomo Leonardo Gomes, 39, lembra que a cidade inteira está no mesmo estado da Porto Rocha.
– É só olhar ao redor. A praça está largada. Os bancos estão quebrados. Há sujeira em tudo quanto é canto. Mas a cidade toda está assim – lamenta.
O aposentado Roberto da Silva, 61, vê a necessidade de preservação de um dos pontos turísticos da cidade.
– Está na hora de uma boa reforma. É um ponto turístico. Numa hora dessas, a praça está cheia de gente. A praça tem que ser bem cuidada – opina.
O secretário de Ordem Pública, Jailton Nogueira, tem reunião marcada no 25º BPM (Cabo Frio) para reunião sobre afrontas em meio à greve da Guarda Municipal. O secretário de Obras, Paulo Castro, afirmou que não tem dinheiro e tempo para reformar a praça.
– Deveria ser uma praça de skate. Nunca vi tanto skate quebrando tudo. Não tenho condição de fazer nada. Estamos sem capital e tempo. Restam 60 dias para terminar o governo. Só o processo de licitação dura 90 – disse.