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Sem financiamento empresarial, candidatos têm dificuldades para manter contas no azul

Segundo dados no site do TSE, dois dos seis prefeitáveis de Cabo Frio já gastaram mais do que arrecadaram

28 SET 2016 • POR Rodrigo Branco • 01h32

Enquanto lutam para se eleger e, a partir de janeiro, tentar colocar os problemáticos cofres cabofrienses nos trilhos, os candidatos a prefeito da cidade têm penado para colocar as contas de campanha em dia. Sem o aporte financeiro de empresas, proibido por lei este ano, a dificuldade para não ficar no vermelho tem sido grande.


Dos seis concorrentes, dois estão às voltas com o chamado ‘cobertor curto’, ou seja, gastaram mais do que arrecadaram, levando-se em conta os dados que constam no site do Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com o TSE, o maior rombo, no momento, é na campanha de Paulo César (PSDB).
Pelos dados oficiais, entraram nos cofres da candidatura tucana apenas R$ 14,5 mil contra gastos de R$ 205,6 mil. Um déficit de mais de R$ 191 mil. A expectativa, contudo, é que a gangorra se equilibre nos próximos dias, uma vez que no site consta somente um registro de prestação de contas. O maior credor até agora é a Empresa Brasileira de Propaganda Ltda., do publicitário Paulo de Tarso, responsável pela política de comunicação do tucano.


No ‘cheque especial’ de campanha também está Janio (PDT), que até agora arrecadou R$ 207,3 mil, mas gastou R$ 257,6 mil. Na página do TSE, quem aparece como o maior doador de campanha o empresário e ex-presidente da Acia, Adelício José dos Santos (R$ 39,5 mil), seguido do diretório estadual do PDT (R$ 25 mil). Entre as despesas lideram as com pessoal (R$ 96, 5 mil) e com materiais impressos (R$ 52 mil). Até o momento foram 12 registros de entrega de dados, o último de 24 de setembro.


Marquinho Mendes (PMDB), por sua vez, está no azul, mas por pouco mais de R$ 8 mil. Enquanto sua campanha arrecadou R$ 282,4 mil, os gastos foram de R$ 274,3 mil. Segundo a Justiça Eleitoral, o diretório estadual do PMDB aparece como maior doador ao injetar R$ 100 mil. Curiosamente, 103 dos candidatos a vereador da coligação doaram mais de R$53 mil do valor arrecadado.


Com mais dificuldade de conseguir contribuições, Adriano Moreno (Rede) e Cláudio Leitão (PSOL) estão tendo que meter a mão no bolso para viabilizar suas campanhas. Até o momento, o socialista fez cinco prestações de conta. Dos cerca de R$ 9 mil amealhados até agora, pouco mais de R$ 4 mil saíram da carteira do próprio candidato. Já os R$ 8,9 mil gastos aparecem como despesas com ‘publicações por materiais impressos’.


Adriano é o maior contribuinte da própria campanha, com R$ 20 mil dos R$ 56,8 mil arrecadados. No ranking dos gastos, foram desembolsados R$ 17 mil com a produtora dos programas de rádio e TV e R$ 13,7 mil com adesivos. Ao todo, foram seis prestações de conta, a última em 23 de setembro.

Já o candidato do PHS Carlão, até agora não possui registro de prestação de contas no site do TSE.