Presidente de Sindicato quer 'investigação especializada' sobre morte de médica
Jorge Darze não acredita na tese de delegado de Búzios de que crime foi por motivo fútil
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, declarou que vai pedir a transferência da investigação da morte da médica Maria Júlia Matteotti Cavalcanti Martins de Oliveira, de 66 anos (leia aqui), para a Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca. Ela foi encontrada morta no último sábado, num condomínio de luxo da Baía Formosa, em Búzios. Em entrevista à Folha dos Lagos, ele declarou que a linha de investigação levantada pelo delegado Rômulo Prado, não condiz com a realidade. O delegado de polícia declarou ao site G1 que trabalha com a possibilidade de “crime tipicamente de homicídio doloso, possivelmente por motivo torpe ou fútil”.
– Espancamento é algo típico de extrema violência. Ela não sofreu um espancamento, ela sofreu uma sessão de tortura até a morte. Isso não é algo que ocorre por motivo fútil. Não podemos descartar nenhuma hipótese – afirmou Jorge Darze, que explicou que o motivo de pedido de transferência de investigação para uma delegacia especializada é praxe do Sindicato.
Segundo ele, o Sindicato tem por norma se envolver diretamente com crimes que atingem médicos. Normalmente, pedem audiência com o Secretário de Segurança para exigir que a apuração do crime seja feita por delegacia especializada.
– Não temos problema algum com o delegado de Búzios, mas não posso fechar os olhos para a falência do Estado do Rio. Todas as instituições da administração publica estão funcionando de forma precária. Na área da saúde é calamidade. Não é um problema da delegacia daí. Um crime dessa natureza requer uma investigação feita por uma especializada. Na quarta ou quinta-feira, depois do enterro da médica, vou ter uma audiência com o secretário Beltrame e pedirei também a presença do Chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso – declarou.
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