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Sem patrocínio, Festival do Camarão não tem data para acontecer

Organizadora admite dificuldades financeiras, mas garante que evento não deixará de ser realizado

29 JUL 2016 • POR • 09h50

Um dos mais tradicionais eventos de Cabo Frio, o Festival do Camarão da Praia do Siqueira está a perigo por causa da crise financeira na cidade. Sem apoio da Prefeitura e com dificuldade de angariar recursos junto a patrocinadores, a organização, mais do que nunca, terá que recorrer à força da comunidade para custear a estrutura do evento. Por isso, a festa tradicionalmente realizada em julho ainda não tem data para acontecer.

– Estamos lutando para viabilizar o evento. Estamos buscando ajuda da comunidade, pois não há recurso municipal e nem da iniciativa privada. Está difícil conseguir uma parceria. O festival vai acontecer, só não posso dizer a data. O custo não é pouco. Estamos buscando parcerias que viabilizem o evento – afirmou Bia Reis, do comitê organizador do Festival, aproveitando a reportagem para fazer um apelo por patrocínio.

Procurado pela Folha, o secretário de Eventos da Prefeitura Édson Leonardes lamentou a situação, mas disse que o poder público poderá ajudar apenas na parte logística da festa, como na organização do trânsito, por exemplo; mas sem qualquer tipo de ajuda financeira ou de infraestrutura.

– Estive reunido com a comissão organizadora e tentamos ajudar, mas a sociedade sabe que a Prefeitura não tem condições de ajudar em nada. Eu me coloco à disposição para ajuda logística, mas depois da reunião não tive mais contato – disse Leonardes.

Mas se a ajuda da vizinhança é fundamental este ano, por outro lado, uma das principais lideranças comunitárias reclama de estar sendo deixada para escanteio. O presidente da Associação dos Moradores da Praia do Siqueira e Palmeiras, Elias Britto, se queixa que a entidade jamais foi chamada para ajudar na organização.

– A comunidade participa, mas o que acontece é um mistério. Não nos comunicam de nada. Nunca fomos convidados para fazer participar de comissão. Acho isso uma falta de respeito. A associação tem grande interesse que a comunidade se envolva. Mas isso não acontece de agora, sempre fomos desconsiderados – reclama Elias Britto.