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Alair diz que lamenta demissões, mas critica vereadores por não aprovarem empréstimo

Em primeira postagem após dispensas, prefeito de Cabo Frio elogia deputados que aprovaram socorro financeiro ao estado

5 JUL 2016 • POR Redação • 11h17

Em sua primeira postagem no Facebook após os cortes promovidos pela administração municipal, o prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa (PP) não entrou em detalhes sobre as demissões feitas na semana passada, mas as lamentou, mais uma vez atribuindo o fato ao fracasso nas negociações pelo empréstimo de R$ 200 milhões junto ao Banco do Brasil. Mas se quando retornou de Brasília, o prefeito culpou dirigentes do Sepe por ter voltado de mãos vazias, desta vez, sem citar nomes, ele voltou as baterias contra os vereadores, em especial a bancada de oposição, por sinalizarem que não dariam o aval à operação financeira na Câmara. Curiosamente, ele comparou a situação do município com a do estado, que tem recebido recursos emprestados pela União, com a aprovação dos deputados estaduais, entre eles um dos seus principais adversários políticos, Janio Mendes (PDT). No texto, ele elogia a ação dos parlamentares na Alerj. Veja a seguir, na íntegra, a postagem do prefeito.

"Hoje o Estado do Rio está pagando o mês de maio aos seus servidores. Que bom! Contudo, isso só está sendo possível porque o Governo Federal doou R$ 2.9 bilhões para as olimpíadas. Fundamental lembrar que há 6 meses atrás o Estado só pagou sua folha de pessoal porque já havia conseguido um empréstimo de R$6,5 bilhões. PARABÉNS AO GOVERNADOR por ter tido legisladores conscientes que aprovaram o empréstimo e agora um Presidente da República preocupado e que faz essa doação ao Estado. Infelizmente, aqui em Cabo Frio parte dos legisladores por pura maldade e política, preferiram votar contra o nosso empréstimo. Agora, por falta de recursos, não conseguimos completar ainda o pagamento do pessoal, nem limpar direito a cidade e pagar aos nossos credores. Fico muito triste em estar afastando tanta gente dos seus empregos! Lutei muito para ter recursos e evitar isso, mas sem reforço de caixa como uma doação ou empréstimo como teve o governo estadual, e com receitas menores que as despesas, lamentavelmente não tivemos outra saída!"