Alair diz que lamenta demissões, mas critica vereadores por não aprovarem empréstimo
Em primeira postagem após dispensas, prefeito de Cabo Frio elogia deputados que aprovaram socorro financeiro ao estado
Em sua primeira postagem no Facebook após os cortes promovidos pela administração municipal, o prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa (PP) não entrou em detalhes sobre as demissões feitas na semana passada, mas as lamentou, mais uma vez atribuindo o fato ao fracasso nas negociações pelo empréstimo de R$ 200 milhões junto ao Banco do Brasil. Mas se quando retornou de Brasília, o prefeito culpou dirigentes do Sepe por ter voltado de mãos vazias, desta vez, sem citar nomes, ele voltou as baterias contra os vereadores, em especial a bancada de oposição, por sinalizarem que não dariam o aval à operação financeira na Câmara. Curiosamente, ele comparou a situação do município com a do estado, que tem recebido recursos emprestados pela União, com a aprovação dos deputados estaduais, entre eles um dos seus principais adversários políticos, Janio Mendes (PDT). No texto, ele elogia a ação dos parlamentares na Alerj. Veja a seguir, na íntegra, a postagem do prefeito.
"Hoje o Estado do Rio está pagando o mês de maio aos seus servidores. Que bom! Contudo, isso só está sendo possível porque o Governo Federal doou R$ 2.9 bilhões para as olimpíadas. Fundamental lembrar que há 6 meses atrás o Estado só pagou sua folha de pessoal porque já havia conseguido um empréstimo de R$6,5 bilhões. PARABÉNS AO GOVERNADOR por ter tido legisladores conscientes que aprovaram o empréstimo e agora um Presidente da República preocupado e que faz essa doação ao Estado. Infelizmente, aqui em Cabo Frio parte dos legisladores por pura maldade e política, preferiram votar contra o nosso empréstimo. Agora, por falta de recursos, não conseguimos completar ainda o pagamento do pessoal, nem limpar direito a cidade e pagar aos nossos credores. Fico muito triste em estar afastando tanta gente dos seus empregos! Lutei muito para ter recursos e evitar isso, mas sem reforço de caixa como uma doação ou empréstimo como teve o governo estadual, e com receitas menores que as despesas, lamentavelmente não tivemos outra saída!"