Resolução do PT pode mudar corrida eleitoral
Executiva regional determina rompimento com partidos que apoiam impeachment de Dilma
Um resolução da executiva regional do Partido dos Trabalhadores divulgada na noite de anteontem pode mudar a configuração das alianças para a disputa eleitoral deste ano.
Em comunicado publicado no perfil da deputada estadual Zeidan e assinado pelo presidente estadual da sigla, Washington Quaquá, ficam proibidas nos 92 municípios do estado composições do PT com partidos que apoiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No texto, o prefeito de Maricá se refere ao processo de afastamento de Dilma de ‘tentativa golpista’.
A medida atinge em cheio a união com o PMDB que, se acaba de ser rompida no plano nacional, ainda persistia em algumas cidades, inclusive na capital, onde os petistas acabam de desembarcar do governo Eduardo Paes e articulam uma candidatura de esquerda em torno do nome da deputada federal Jandira Feghali (PC do B).
A decisão dos petistas pode respingar na costura feita em Cabo Frio para beneficiar a pré-candidatura do deputado Marquinho Mendes. Em matéria publicada na Folha no último dia 19, o presidente municipal do partido, José Leandro Junior, afirmou que o diretório tinha decidido apoiar o ex-prefeito, mas deixou claro que uma determinação superior, como a da última terça, poderia mudar a situação.
– Temos a compreensão que o mandato não é dele (Marquinho). Ele não deixou a desejar em nenhum momento no que diz respeito ao acordo conosco. Ele chegou a dizer que se votasse seria contra o impeachment. Tiramos a indicação de apoiá-lo e salvo se vier uma indicação diferente da executiva nacional proibindo coligações com o PMDB, mas não acredito que isso vá acontecer – disse na ocasião.
* Matéria completa na edição desta quinta-feira (28) da Folha dos Lagos.