Servidores públicos de Cabo Frio ocupam a prefeitura do município
Salários atrasados motivam manifestação no prédio do Executivo
Servidores públicos de Cabo Frio ocuparam, mais uma vez, o prédio da Prefeitura, na manhã de ontem. O motivo é o atraso no pagamento do salários dos profissionais, que por lei deveria ter sido depositado até o quinto dia útil deste mês. Este é o terceiro atraso seguido. O objetivo dos manifestantes era conseguir audiência com o prefeito Alair Corrêa (PP) para terem um posicionamento sobre o atraso nos salários e demais reivindicações. No entanto, até o fechamento desta edição os profissionais não haviam sido recebidos.
– Nosso movimento é pacífico, não teve quebra-quebra, mas precisamos saber até quando vai essa situação. Queremos nossos direitos de volta – explicou Gelcimar Almeida, o Mazinho, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde.
Por conta da ocupação, a cidade ficou sem agentes da Guarda Municipal e a população foi impedida de entrar no prédio da Prefeitura. De acordo com Olney Vianna, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Cabo Frio (Sindicaf), o protesto é uma resposta à atitude do prefeito, que insiste em não negociar com os trabalhadores.
– Ele trata os servidores como ‘moleques’, vai à imprensa fazer pronunciamento, mas não negocia com a gente – disparou.
Segundo ele, cerca de 100 pessoas, entre fiscais, guardas municipais e agentes de saúde, ocuparam o segundo andar e a frente do prédio do Executivo.
Protestos – Esta é a quarta vez que a prefeitura é ocupada por manifestantes em protesto a várias medidas adotadas este ano pela atual administração, em especial referente aos constantes atrasos em pagamentos diversos.
Em agosto, foi a vez do segmento cultural, capitaneado pela rapper Taz Mureb, que promoveu um acampamento em frente à Prefeitura por conta do atraso no repasse de verbas do Programa Municipal de Editais de Fomento e Difusão Cultural, o Proedi. O movimento, intitulado #OcupaPrefeitura, durou 13 dias e acabou com os manifestantes na delegacia, após um tumultuo entre policiais militares e eles, depois que a polícia tentou recolher uma piscina plástica que simbolizava o parque aquático do prefeito Alair Corrêa, o Riala.
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