Morosidade nas obras da Prainha, em Arraial do Cabo, irrita os cabistas
Quiosqueiros e moradores reclamam das atividades emperradas
Após a demora para sair do papel, a novela da revitalização da Orla da Prainha entra em outro capítulo. Moradores reclamam que as obras, custeadas pelo Governo do Estado, estão emperradas num dos principais pontos turísticos do município. O abandono da praia também preocupa quiosqueiros e comerciantes devido ao movimento durante a alta temporada.
– Estamos preocupados com o verão. Não há nenhum banheiro na praia. Os turistas reclamam da estrutura e a praia está suja, totalmente abandonada. Atualmente, a estrutura dos quiosques é uma barraca 2x2 no calçadão. Muitos quiosqueiros fizeram a cozinha nesse espaço. É uma estrutura cedida no ano passado, que está acabada por conta da maresia – comentou um quiosqueiro que preferiu não se identificar.
A jornalista Maria Antônia Casarões, 21, sente até medo do resultado da revitalização.
– Sei que eles colocaram umas barracas como quiosques para ‘quebrar um galho’. Mas os quiosqueiros reclamam da falta de estrutura e da higiene. A praia, assim como a cidade inteira, é mal cuidada. A fiscalização é falha, o estacionamento também. E tenho muito medo dessa obra, porque a da Praia dos Anjos ficou mal estruturada, cheia de defeitos – critica.
A estudante Christal Carvalho pesca constantemente na praia e se depara com uma grande quantidade de entulho despejados na areia.
– Frequento a Prainha mais para pescar nas pedras, mas está demorando muito mesmo. Nas vezes em que fui lá, o problema era a questão do entulho, por causa de material depredado e não acabado. Não sei dizer se está prejudicando o meio-ambiente, mas é desagradável.
– A obra estava prevista para acabar em dezembro. Ou seja, bem no momento em que deveria estar acabando, numa época de veraneio, a obra começa. Vai ser horrível quando os turistas chegarem para frequentar a praia e a obra estiver acontecendo. Já imaginou o tumulto? A obra só começou no canto esquerdo de quem chega. O canto direito continua improvisado com barracas. Uma nojeira pior do que era antes... Há moscas de dias e ratos à noite. Moro dez anos em Arraial e só fui na Prainha três vezes – lamenta.
A Folha tentou entrar em contato com a Prefeitura e com o governo do estado para obter esclarecimentos sobre o atraso, mas sem sucesso.
*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (3)