Arraial do Cabo

Morosidade nas obras da Prainha, em Arraial do Cabo, irrita os cabistas

Quiosqueiros e moradores reclamam das atividades emperradas

3 DEZ 2015 • POR • 09h45

Após a demora para sair do papel, a novela da revitalização da Orla da Prainha entra em outro capítulo. Moradores re­clamam que as obras, custeadas pelo Governo do Estado, estão emperradas num dos principais pontos turísticos do município. O abandono da praia também preocupa quiosqueiros e comer­ciantes devido ao movimento durante a alta temporada.

– Estamos preocupados com o verão. Não há nenhum ba­nheiro na praia. Os turistas re­clamam da estrutura e a praia está suja, totalmente abandona­da. Atualmente, a estrutura dos quiosques é uma barraca 2x2 no calçadão. Muitos quiosqueiros fizeram a cozinha nesse espaço. É uma estrutura cedida no ano passado, que está acabada por conta da maresia – comentou um quiosqueiro que preferiu não se identificar.

A jornalista Maria Antônia Casarões, 21, sente até medo do resultado da revitalização.

– Sei que eles colocaram umas barracas como quiosques para ‘quebrar um galho’. Mas os quiosqueiros reclamam da falta de estrutura e da higiene. A praia, assim como a cidade inteira, é mal cuidada. A fiscali­zação é falha, o estacionamento também. E tenho muito medo dessa obra, porque a da Praia dos Anjos ficou mal estruturada, cheia de defeitos – critica.

A estudante Christal Car­valho pesca constantemente na praia e se depara com uma grande quantidade de entulho despejados na areia.

– Frequento a Prainha mais para pescar nas pedras, mas está demorando muito mesmo. Nas vezes em que fui lá, o problema era a questão do entulho, por causa de material depredado e não acabado. Não sei dizer se está prejudicando o meio-am­biente, mas é desagradável.

– A obra estava prevista para acabar em dezembro. Ou seja, bem no momento em que de­veria estar acabando, numa época de veraneio, a obra co­meça. Vai ser horrível quando os turistas chegarem para fre­quentar a praia e a obra estiver acontecendo. Já imaginou o tumulto? A obra só começou no canto esquerdo de quem chega. O canto direito conti­nua improvisado com barracas. Uma nojeira pior do que era antes... Há moscas de dias e ra­tos à noite. Moro dez anos em Arraial e só fui na Prainha três vezes – lamenta.

A Folha tentou entrar em contato com a Prefeitura e com o governo do estado para obter esclarecimentos sobre o atraso, mas sem sucesso.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (3)