Preservação

Cidades da Região dos Lagos estão entre as que menos preservam

Ranking de desflorestamento aponta resultados dos últimos 10 anos

16 NOV 2015 • POR Nicia Carvalho • 10h19

Em tempos de debates sobre consciência ambiental, as cida­des da Região dos Lagos parecem não fazer o dever de casa. Exem­plo é o estudo sobre desfloresta­mento da Mata Atlântica, entre os anos 2000 e 2014, em que ne­nhum município da região figura entre os que menos desmatam. Para piorar, Araruama aparece em terceiro lugar no ranking da pesquisa realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica.

– Temos dois problemas na região: a pressão do mercado imobiliário, que é muito forte, e as queimadas para pasto de ca­valos, por exemplo, e que ser­vem também para invasão para construção de casas. Se não com­bater estas ações não há como preservar. Falta participação da sociedade com denúncias – ava­liou André Cavalcanti, chefe do Parque Estadual da Costa do Sol, que é ligado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

De acordo com a pesquisa, a cidade de Resende, no Sul Flu­minense, aparece em primeiro lugar no desmatamento. O Rio, capital do estado, figura na quar­ta posição, com apenas 18% de vegetação natural da Mata atlân­tica. Entre as que mais preservam destaque para Angra dos Reis, na Costa Verde, que mantém a maior proporcionalidade de área do bioma preservada, com 80,1% de vegetação natural em com­paração com a área original. A pesquisa avaliou como vegetação natural, além das florestas nati­vas, refúgios, várzeas, campos de altitude, mangues, restingas e dunas.

Preservação – Além da lista das cidades que mais preservam ou desmatam, a Fundação lançou o site “Aqui tem mata”, com in­formações sobre o desmatamen­to em mais de 3,4 mil cidades de 2013 a 2014. O internauta pode realizar buscas por localidade, gráficos e mapas interativos, que poderão ser utilizados em tablets e celulares. Um Atlas dos muni­cípios está em fase em fase de elaboração com dados dos últi­mos 14 anos.