Drogas

Ponto de prostituição: Vereador quer ação da PM e da Civil

Vanderlei Bento (PSDB) afirma que há agenciamento, tráfico de drogas e atentado ao pudor

28 AGO 2015 • POR • 09h34

GABRIEL TINOCO

 

O vereador Vanderlei Bento (PSDB) encami­nhará um ofício para as polícias Militar e Civil na segunda-feira para por fim ao ponto de prostitui­ção no Parque Riviera, em Cabo Frio, próximo ao Terminal Rodoviário Alexis Novellino. Ontem, Vanderlei Bento também prometeu entrar em conta­to com a Secretaria de As­sistência Social para dar apoio às prostitutas.

– Não sou um inimigo das prostitutas. Vou buscar acompanhamento psico­lógico para inseri-las so­cialmente. Não podemos somente acusá-las. São pessoas traumatizadas, rejeitadas pela sociedade. Na próxima segunda, en­caminharei um ofício para o 25º BPM e para a delega­cia de Cabo Frio para que descubram quem é que está por trás disso tudo. As pessoas têm medo de de­nunciar os agenciadores, mas meu compromisso não é com eles, e sim com a sociedade – declarou.

   

O vereador dá inúmeras justificativas: alega que o ponto de prostituição des­valoriza os imóveis, au­menta o tráfico de drogas no local e, consequente­mente, gera insatisfação entre moradores.

– Do jeito que está não pode continuar. Os mora­dores reclamam muito de sexo em ambientes públi­cos, de pessoas com pei­tos de fora e de tráfico de drogas, que não havia até então no local – comenta.

Vanderlei ainda lembrou da proximidade da rodoviária, onde turistas desembarcam diariamente para conhecer a cidade.

– Um exemplo: um tu­rista chega na rodoviária da cidade e a primeira imagem que ele vê é um ponto de prostituição. Esse turista não terá um ordenamento positivo do município. Além disso, há queixas constantes de tráfico de drogas, o que nunca tinha sido reclama­ção naquelas áreas. Uma cidade que considero um paraíso não pode se trans­formar de uma hora para a outra – afirma.

Depois que Vanderlei postou a medida em uma rede social, alguns segui­dores questionaram a lega­lidade da ação com alega­ções de que a prostituição não é crime. O vereador, no entanto, contra-argu­mentou dizendo que há agenciamento dos progra­mas sexuais, o que não é permitido pela lei.

As prostitutas começam a trabalhar por volta das 19h30, horário em que o comércio ainda está em funcionamento, o que, se­gundo lojistas, afasta os clientes.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta sexta-feira (28)