Cultura

Slam das Donas promove oficina gratuita de poesia em Cabo Frio

Oficina acontece nesta quinta (11) no auditório do Colégio Miguel Couto e conta com o renomado poeta e artista Queer Tom Grito Poeta

11 ABR 2024 • POR Redação • 11h58

O coletivo Slam das Donas, primeira e única batalha de poesia exclusiva para mulheres e LGBTQIA+ da Região dos Lagos, vai promover uma oficina gratuita de poesia em Cabo Frio. O evento acontece no dia 11 de abril, das 14h às 16h, no auditório do Colégio Miguel Couto e conta com o renomado poeta e artista Queer Tom Grito Poeta.

Tom Grito é um dos pioneiros da cena dos slams de poesia no Rio de Janeiro. O slam é conhecido por incendiar discursos e promover transformações através da poesia. Com a oficina "Caneta Vermelha Não Risca Palavra Falada", o artista traz uma oportunidade única de explorar as tradições da oralidade e da poesia falada em um ambiente acolhedor e inspirador. Como pioneiro do poetry slam no Rio de Janeiro, fundador do coletivo Slam das Minas RJ (medalha Tiradentes- Ordem do Mérito Cultural do Município em 2020) e criador dos coletivos poéticos Trans Slam e Transpoetas, Tom Grito trará jogos, atividades e experiências para uma abordagem inovadora à escrita, leitura e poesia.

A oficina, com tradução em libras e acessibilidade para pessoas com deficiência, oferece vagas limitadas para todos os públicos. Sem distinção de gênero, raça, cor ou religião, o Slam das Donas acredita na inclusão e na diversidade, e todes são bem-vindes para participar. Quem tiver interesse pode garantir a vaga preenchendo uma ficha de inscrição (https://docs.google.com/forms/d/1MIi3ucoVmeFyA3jhMlizeyTSMqvc9FIZJ-345kn4v-c/viewform?edit_requested=true).

O encontro será um momento de apresentar a poesia marginal e incentivar a escrita, mesmo para quem não participa de slams. A proposta é promover o acesso à arte da poesia marginal, que muitas vezes traz os sentimentos reais de quem escreve, resgatando memórias e invenções que fazem parte da singularidade do fazer criativo. A oficina também tem o objetivo de inspirar a juventude na reflexão do contexto histórico e sociocultural em que vivem, incentivando a busca por mais leituras e apresentando um contraponto à solidão, depressão e questões de saúde mental que tanto assola nossa sociedade pós pandemia.

O projeto é incentivado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro.

Sobre o Slam das Donas

O “Slam das Donas” é a primeira e única batalha de poesia exclusiva para mulheres e LGBTQIA+ da Região dos Lagos com prioridade de participação para pessoas negras e indígenas, num formato com acessibilidade para pessoas com deficiência.

“Slam” é uma batalha de poesia falada e a tradução tem o significado de uma “batida que chama atenção do público” somente com a voz e corpo ao recitar sua poesia, ou seja, a/o poeta deve apresentar uma poesia autoral de até 3 minutos para participar, sem o auxílio de objeto cênico. E funciona como um jogo ou um programa de auditório, pois existe um regulamento onde o júri que dá as notas para cada poesia, tem as fases eliminatórias e a uma premiação ao final. O Slam surgiu nos Estados Unidos como uma forma de atrair a juventude para participar de eventos mais emocionantes que os saraus de poesia elitizados e acadêmicos que existiam na época, num formato mais brincante onde os temas perpassam a realidade de cada poeta, num repertório de temas que pulsam na atualidade de seus cotidianos e geram identificação com a plateia.

“Donas” é uma homenagem a Dona Uia e Dona Rosa Geralda, mulheres negras que fizeram história da Região dos Lagos, por isso é importante o coletivo, apresentar as poesias em forma de homenagear figuras respeitadas através de uma celebração de arte e cultura, que atrai e hipnotiza o público que presta toda sua atenção e silêncio ao artista em palco, relembrando nossos antepassados que transmitiam informações através da oralidade em rodas.