greve

Polícia Militar não vai parar, assegura comandante-geral da corporação

Apesar de paralisação, policiais civis vão registrar ocorrências

21 MAI 2014 • POR Nícia Carvalho • 11h08
Policiais civis do Rio decidiram aderir à paralisação nacional da categoria: vão cruzar os braços durante todo o dia de hoje. Mais de 60% dos agentes não devem trabalhar – ou seja: a categoria vai respeitar a norma de que 30% do efetivo tenha que trabalhar normalmente. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Francisco Chao, os agentes vão atender todas as ocorrências. Entretanto, nenhuma investigação será realizada.
Enquanto isso, policiais militares continuam trabalhando normalmente. Em nota, o comandante-geral da PMERJ, José Luis Castro Menezes, garantiu que não há nenhuma real ameaça de greve. No 25º Batalhão da Polícia Militar (BPM), não haverá alterações na escala de trabalho dos 830 policiais, garante o tenente-coronel Ruy França, comandante da unidade.  Por conta da Copa do Mundo, licenças, folgas e férias foram suspensas.
– Não vamos aderir (à greve), nossos homens vão ficar nas ruas. As operações dos últimos dias vão continuar, mas com foco nos encontros e reuniões, de acordo com a agenda que está programada durante a competição – ga-rantiu o comandante, que ontem à noite se reuniu com a cúpula da PM  do Estado do Rio de Janeiro.
Ruy França acredita que uma greve da PM não terá apoio da maior parte do efetivo de policias do estado – e que, se houver paralisação, será em pontos isolados. Um cabo ouvido pela Folha aumentou o coro.
– Em Cabo Frio não tem nada articulado, até agora nada certo. Mas tenho visto grande movimentação sobre o assunto na internet. Acredito que a Copa vai ser tranquila. Talvez haja alguns focos de greve, mas não acredito em grande adesão – opinou o policial.
A maior reivindicação dos gre-vistas é de reajuste salarial. No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) investiga as reais possibilidades de uma paralisação. De acordo com a Constituiçao Federal, policiais e bombeiros militares não têm direito à greve.
Polícia Civil 
pede bom senso
 
A remuneração de um policial civil em início de carreira gira em torno de R$ 939,14. Com as gratificações por tempo de serviço, cargo e do programa Delegacia Legal, pode chegar a R$ 3.700. A categoria quer que este última benefício, de R$ 850, seja incorporado ao salário, entre outras reivindicações.  “Todas as medidas necessárias visando o bom atendimento à população serão tomadas pela chefia, que acredita no bom senso da categoria para manter o canal de  negociação”, diz nota oficial da polícia.