Aedes aegypti

Levantamento do índice de infestação do mosquisto da dengue recomeça neste domingo em Cabo Frio

Relatório havia sido suspenso pelo Ministério da Saúde e pela SES por conta da pandemia do coronavírus

27 SET 2020 • POR Redação • 09h28
Municípios são obrigados a fazer levantamento de infestação por Aedes Aegypti - Tânia Rêgo / Agência Brasil

A Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental realiza, a partir deste domingo (27), até o dia 3 de outubro, o 2º ciclo do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa). O relatório é responsável por identificar o grau de risco de infestação do mosquito que é responsável por doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A elaboração do documento havia sido suspensa pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) por conta da pandemia do coronavírus.
 
A previsão é de que o resultado deste segundo relatório seja liberado na segunda quinzena de outubro. Em geral são produzidos quatro ciclos anuais da análise, mas devido à Covid-19, apenas dois poderão ser feitos este ano. Na primeira medição do LIRAa, que segue o calendário epidemiológico exigido pela SES, Cabo Frio apresentou índice de 0,8%, percentual considerado de baixo risco de infestação, segundo as diretrizes do Ministério da Saúde. Na ocasião, entre os dias 3 e 7 de fevereiro foram visitados 6.993 imóveis, dos quais somente 25 apontaram foco do mosquito.
 
O LIRAa’s analisa, por meio de estudos estatísticos e probabilidade, a possibilidade de proliferação do mosquito e, consequentemente, de uma epidemia, além de orientar nas medidas de prevenção e combate ao vetor.
 
Pelas normas do Ministério da Saúde o ideal é que o índice de infestação predial do mosquito esteja abaixo de 1% para ser considerado satisfatório. Se a taxa estiver entre 1% e 3,9% é considerado estado de alerta e percentual acima de 3,9% o órgão federal classifica como risco de surto das doenças transmitidas pelo Aedes. .
 
Os principais pontos favoráveis à proliferação ao vetor são o lixo residencial dispensado de forma não apropriada e em locais inadequados, fossas mal cuidadas, recipientes passíveis de acumular água, como pneus, tampinhas de refrigentes vasilhas de água e comida de animais de estimação, vasos de plantas entre outros. Além disso, o lixo produzido diariamente nas residências é heterogêneo formado por papel, metais, plásticos, vidros e restos de alimentos (matéria orgânica), o que requer atenção de cada cidadão na hora do descarte.