FAZENDO FORÇA PARA VOLTAR

Academias pressionam Prefeitura de Cabo Frio pela reabertura

Empresários pedem inclusão do setor no ramo de atividades consideradas essenciais

25 JUN 2020 • POR Rodrigo Branco • 21h40
Academias fizeram cartilha com mais de 30 itens de segurança sanitária - Divulgação (foto feita antes da pandemia)

Após a flexibilização das atividades econômicas em Cabo Frio, donos de academias e empresários do ramo fitness pressionam o prefeito Adriano Moreno (DEM) para que o setor seja incluído na lista de atividades essenciais e dentro da zona laranja, atualmente em vigor por decreto municipal, o que permitiria a reabertura imediata desses estabelecimentos. 

Um grupo de cerca de 30 empresários, entre donos de academias, boxes de crossfit, estúdios de pilates e personal trainers, criou um movimento nos mesmos moldes do idealizado por comerciantes e donos de meios de hospedagens. Um abaixo-assinado virtual para apoiar a iniciativa foi criado e, até o fechamento desta reportagem, tinha 1.040 assinaturas. O grupo também tem o apoio da Associação dos Profissionais de Educação Física (Aspef) e do Conselho Regional de Educação Física (Cref).

Segundo o empresário e professor Jeandre Câmara, da Bodyclub, os donos de academia de Cabo Frio estão articulados com os colegas de outros estados, com quem trocam informações sobre os protocolos de segurança adotados e os decretos assinados em cada local. O grupo cabofriense, ele afirma, elaborou uma cartilha com 30 medidas de distanciamento e sanitização, dentro das especificações da OMS e do Ministério da Saúde.

– Nós promovemos saúde, cuidamos do corpo e da mente das pessoas, sem contar a parte de sociabilização. A atividade física realmente pode ser feita em casa e ao ar livre, mas nem todo mundo consegue, nem todo mundo se sente à vontade. Então não é só a parte financeira, mas de saúde, de tratamento.  Por isso, as academias são essenciais. Levamos qualidade de vida para a população – argumenta Jeandre.

Os donos de academia e educadores físicos já tiveram duas reuniões com representantes da Prefeitura, onde foi protocolada a cartilha com as medidas de prevenção ao coronavírus nos estabelecimentos. O grupo vai recorrer ainda ao Ministério Público e à Câmara de Vereadores que, nesta terça-feira (23), aprovou projeto de lei que torna serviços essenciais os templos religiosos.

Em maio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incluiu as academias de ginástica no rol das atividades essenciais, porém, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deu autonomia aos estados e municípios para que legislem sobre o assunto.