Polícia

Defesa de Cadu Playboy rebate acusações do Ministério Público

Advogada nega que cliente dê ordens da cadeia para traficantes da região

4 SET 2019 • POR • 19h52

A defesa de Carlos Eduardo Freira Barboza, o Cadu Playboy, que atualmente cumpre pena no presídio federal de Catanduvas (PR) por tráfico de drogas e outros crimes, rebateu as acusações feitas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro de que ele manteria contato com o mundo exterior, dando ordens a criminosos de comunidades da Região dos Lagos. 


As declarações de que ainda há um possível contato entre Cadu e o crime organizado na região foram feitas durante a Operação Constantino 3, realizada em 16 de agosto pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ e pela Polícia Militar.


De acordo com a advogada Paloma Gurgel, que representa Cadu no Paraná, ele está há três anos e dois meses “no sistema prisional mais rigoroso do país”. A advogada afirma que seu cliente passa por longo período de isolamento, em cela individual por cerca de 22 horas por dia; distante da família e sem visitas sociais ou íntimas, apenas com visitas gravadas e monitoradas. Na unidade, também há proibição de visita social nos pátios das esposas que estiverem respondendo a quaisquer investigações policiais ou a processos judiciais em curso. Nesse caso, elas têm a visitação limitada por um vidro blindado.


“Contato íntimo, com a esposa, ele não tem desde o dia em que ingressou no presídio federal. O único contato é com a família, através do vidro, que aliás nunca foi interrompido. Ainda: ele tem atestado de bom comportamento carcerário. O sistema é rígido. Se tivesse alguma comunicação com o mundo exterior, certamente ele já estaria respondendo a processo administrativo ou judicial. O que não há.  Pelo contrário, a situação dele vem melhorando, pelo bom comportamento, inclusive estudos”, disse a advogada, por meio de nota enviada à Redação. 


A prisão preventiva foi decretada em 9 de outubro de 2015 e mantida em sentença proferida em 13 de julho do ano passado, a uma pena de 158 anos e oito meses. A defesa de Cadu enviou para reportagem a cópia de uma decisão do Supremo Tribunal Federal deferindo pedido de extensão no habeas corpus de relatoria do Ministro Marco Aurélio, determinando a expedição de alvará de soltura de Carlos Eduardo, “diante do excessivo prazo em que tem sido mantido preso”. 


A Operação Constantino 3 teve a participação de mais de 200 agentes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MP-RJ) e da Polícia Militar, inclusive com policiais do Batalhão de Choque.
O objetivo da ação foi cumprir 31 mandados de prisão de pessoas com envolvimento com o tráfico em comunidades de Tamoios e da Boca do Mato. Desses mandados, 15 foram cumpridos, sendo oito no dia 16 de agosto e sete de criminosos que já cumpriam pena em presídios. Além disso, três pessoas foram presas em flagrante por porte de arma de fogo.

 

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