Geral

Operação com helicóptero busca sequestradores de vigias desaparecidos em Cabo Frio

Polícia investiga se restos mortais encontrados são dos trabalhadores levados por traficantes

7 AGO 2019 • POR • 10h53

(*) Matéria atualizada às 18:13h.

Um helicóptero está sendo usado na operação realizada na manhã desta quarta-feira (7) no bairro Manoel Corrêa, em Cabo Frio, pelas polícias Civil e Militar, em busca dos sequestradores dos vigias que estão desaparecidos na comunidade desde o último sábado (27). Moradores relatam fortes tiroteios no local.

Segundo o comandante do 25º BPM, coronel Rodrigo Ibiapina, a operação começou às 6h20 e conta com agentes do próprio 25º BPM, do Batalhão de Ações com Cães, da 126ª DP e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.

Até o fim da tarde desta quarta-feira (7), foram registradas nove prisões, sendo duas delas em flagrante. Um suspeito morreu durante uma mtroca de tiros entre policiais militares e traficantes da localidade.

Ao todo, foram apreendidas uma pistola, 17 granadas, munição, carregadores, droga e dinheiro, entre outros objetos.

Restos mortais foram encontrados no bairro durante a tarde e a polícia vai investigar se a ossada pertence aos vigias do Espírito Santo que estão desaparecidos desde o fim de julho. 


Entenda o caso dos vigias

Os três rapazes sequestrados por criminosos da Favela do Lixo são do Espírito Santo e estavam há pouco tempo em Cabo Frio. Ele montaram um escritório em Campos dos Goytacazes e vieram para a Região dos Lagos, onde estavam oferecendo serviço de guarda noturno comunitário não armado. Por volta das 23h30 do último sábado, eles foram abordados no bairro Guarani e levados para um local nas proximidades do bairro Manoel Corrêa, onde foram torturados por horas.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o trio foi confundido com milicianos pelos criminosos locais. Um dos sequestrados conseguiu fugir até a Vila do Sol, onde vagou até conseguir apoio policial. Em relato aos policiais, o rapaz disse que ele e os colegas foram obrigados a cavar a própria cova. Ele prestou depoimento, participou da primeira rodada de buscas e está ajudando nas investigações. 

– Estivemos com a vítima sobrevivente no domingo pela manhã no hospital. Na segunda, ele ficou horas conosco na delegacia e informou que estão há quase três anos prestando esse apoio de serviço comunitário em Campos. A empresa é de lá. Estamos buscando detalhes sobre ela. Eles se estabilizaram e vieram tentar empreender aqui na Região dos Lagos. O primeiro bairro que eles panfletaram e começaram foi o Guarani. Eles não conheciam bem a região. O bairro fica ao lado do Lixo (Manoel Corrêa, também chamado de Favela do Lixo), e eles tiveram esse problema – informou o delegado titular da 126ª DP (Cabo Frio), Sérgio Caldas, ainda no começo da semana.