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​Candidatos adaptam agendas por conta da greve

Prefeitáveis privilegiam corpo a corpo e deixam carreatas de lado

26 maio 2018 - 09h58
​Candidatos adaptam agendas por conta da greve

RODRIGO BRANCO

A crise de desabastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros está obrigando os candidatos a prefeito de Cabo Frio a adaptar, e até mudar, suas agendas para não ficar em desvantagem com relação aos adversários. Com a escassez de combustível, as coordenações de campanha descartam carreatas e apostam no contato direto com o eleitor, por meio de caminhadas e do tradicional corpo a corpo.

Mas há consequências um pouco mais drásticas. No caso do prefeitável do PDT, Rafael Peçanha, a situação o obrigou a cancelar o lançamento oficial da sua candidatura, que estava marcada para esta segunda-feira. De acordo com o coordenador de sua campanha, José Bonifácio Novellino, como vários políticos da capital eram aguardados, uma reunião ontem decidiu pelo adiamento do evento até que a situação melhore. Entusiasta da bicicleta e do porta a porta, Zé confirma o perfil da campanha.

– A gente está programando muito corpo a corpo. Amanhã (hoje), a gente vai fazer uma caminhada na feira de Tamoios, onde certamente vamos ver o reflexo dessa greve – comentou o veterano político.

A tática da sola de sapato é adotada também pelo candidato do MDB, Marquinho Mendes. Mas a crise da gasolina obrigou a cúpula da campanha a realizar uma reunião extra. De acordo com sua assessoria, o encontro programado para hoje no comitê de campanha terá que ser repetido amanhã em Tamoios. Tudo para que os moradores do segundo distrito não tenham que se deslocar em tempos de tanque vazio.

Com menos recursos, Leandro Cunha (PSOL) e Cristiane Fernandes (PSDB) não são tão afetados pelo atual problema nacional. Mas no caso da exsecretária da Melhor Idade, seu marido, o ex-vereador Emanoel Fernandes admite que foi pedidoque os carros de serviço economizem combustível.

– A campanha dela foi planejada para gastar sola de sapato, mas estamos equacionando esses deslocamentos e nos enquadrando à situação – comentou.

Um dos coordenadores da campanha de Leandro, o presidente municipal do PSOL, Lucas Muller, confirma opção por uma campanha de proximidade.

– A gente não faz carreata. A militância é que conversa com a população – explicou Lucas.

Por sua vez, Beto Junior, do comitê do candidato Carlão (PHS) disse que os ‘atos de campanha são centralizados’, o que ‘não há necessidade de locomoção’. A equipe que cuida da candidatura do candidato da Rede, Adriano Moreno, ficou de retornar o pedido da reportagem, o que não aconteceu até o fechamento.