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Campanha eleitoral começa para valer em Cabo Frio

Partidos fazem últimas articulações para hoje registrar chapas no TRE 

19 maio 2018 - 10h33

RODRIGO BRANCO

 

Agora é para valer. Amanhã começa a campanha da primeira eleição suplementar da dos 502 anos de história de Cabo Frio. Partidos e coligações têm até as 19 horas de hoje para registrar as candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Sem alianças, a chapa do PSOL, composta por Leandro Cunha e Professor Betinho está registrada desde o começo da semana. As demais dependiam dos últimos acertos e conversas, que tomaram conta dos bastidores políticos nos últimos dias.

A principal dúvida que persiste é sobre quem vai compor a chapa com Adriano Moreno, da Rede Sustentabilidade, após os acordos com o PDT e com a ex-secretária da Melhor Idade Cristiane Fernandes terem fracassado. Até o fechamento desta edição, a informação que a reportagem apurou foi a de que o médico ortopedista e ex-vereador escolheria uma mulher com base eleitoral no segundo distrito.

Até ontem, nos bastidores, ainda havia tentativas de alguns setores de retomar o entendimento entre a Rede e os pedetistas, o que não ocorreu até o fechamento desta reportagem. As tentativas de reconciliação começaram na quarta passada, com telefonemas de Adriano para o ex-prefeito José Bonifácio Novellino, da Executiva Estadual do PDT. No dia seguinte, o próprio candidato da Rede foi à Assembleia Legislativa do Rio para pedir desculpas ao deputado estadual Janio Mendes (PDT) pela ruptura antes da convenção do partido, na segunda, e tentar uma recomposição, o que foi rechaçado. Segundo Janio, a única possibilidade de isso acontecer seria uma renúncia de Adriano em prol do vereador Rafael Peçanha (PDT).

– Só se ele convencesse o PSB e o Radamés Muniz (candidato a vice de Peçanha) a abrirem mão. – comentou o deputado, em alusão à chapa formada entre pedetistas e socialistas.

A reportagem tentou entrar em contato com o candidato da Rede para comentar os últimos movimentos, mas não conseguiu. Contudo, de acordo com a assessoria dele, as conversas para composição estavam na etapa final e, entre os partidos, PSDB e PC do B estavam fechados com ele.

Governo amplia o arco – Cassado por uma decisão do TSE no último dia 24 de abril, o ex-prefeito Marquinho Mendes (MDB) tenta voltar para a cadeira ancorado em uma aliança com 18 partidos, ou seja, ainda maior do que a construída para as elei- ções de 2016, quando o então PMDB coligou com outras 11 legendas.

Em alguns casos, os acordos foram feitos ‘por cima’, isto é, com as lideranças estaduais. No caso do PR, fechado com o deputado federal Altineu Côrtes e do PP, com o deputado Júlio Lopes e o vice-governador Francisco Dornelles. A costura com o PMB também foi via Executiva Estadual, a despeito da oposição do vereador Vanderlei Bento na Câmara de Cabo Frio.

Contra o candidato governista, no entanto, há a inseguran- ça jurídica. Os advogados dos adversários já anteciparam que irão entrar com pedido de impugnação por entenderem que Marquinho não poderia participar do pleito suplementar por ser o seu causador. Entretanto, na sexta-feira da semana passada, o advogado de Marquinho, Carlos Magno de Carvalho, anunciou a retirada do parágrafo da lei complementar 1.029/2018, que impedia a participação do seu cliente.

De todo modo, o prazo para qualquer cidadão com seus direitos políticos possa, através de petição, pedir a impugnação de qualquer registro de candidatura será de cinco dias corridos. Caso isso aconteça, Marquinho será notifi cado no mesmo dia e poderá oferecer contestação em até sete dias. Os pedidos de registro, inclusive os impugnados, devem estar julgados pelo juiz da 96ª Zona Eleitoral até 8 de junho. Os recursos devem ser requeridos em até três dias a partir da publicação da sentença. Eles serão apresentados no TRE, que deverá tomar uma decisão sobre ele e publicá-la até o dia 21 de junho, três dias antes do pleito suplementar